segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

vida cigana


VIDA CIGANA (01)Imaginem as estradas precárias por onde transitavam suas carroças. Sujeito às condições climáticas, o comboio enfrentava a tormenta da chuva e do frio. As carroças eram tombadas pela fúria dos ventos, ou as rodas ficavam atoladas na lama. Crianças pequenas choravam, com medo da manifestação da Natureza; as mães ficavam temerosas pela integridade física dos pequenos; as mulheres grávidas, expostas aos acidentes; os mais idosos tambem igualmente permaneciam expostos. Contudo, todos acorriam no socorro à carroça acidentada.Quantos partos foram feitos durante esses momentos de tormenta! As parturientes contavam apenas com a destreza das mais velhas do clã. Tantos e quantos partos complicados foram vencidos, quando não pela destreza, foram-no pelas simpatias e orações feitas com fervor. A mesma situação era vivida por outros clãs em países distantes, que, dependendo da região, enfrentavam também a neve, no entanto a situação em si não se diferenciava uma da outra. Durante a calmaria, tudo era festa. Porém, tudo tem seu preço. Confrontando a visão poética da liberdade cigana, do povo ao redor da fogueira cantando e dançando, temos tambem a realidade de suas necessidades básicas, a exemplo da higiene. Normalmente, procuravam acampar próximo aos rios, de onde podiam colher água potável para cozinhar, beber, tomar banho, lavar as roupas, etc.texto extraido do livro:CIGANOS = ROM UM POVO SEM FRONTEIRAS autor: NELSON PIRES FILHO

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