quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

NATAL DOS CIGANOS


Três dias de festaO intenso Natal dos ciganos
Não é novidade que a época de Natal é de festa, mas poucos a vivem tão intensamente como a comunidade cigana, para quem esta é a época mais importante do ano. Durante três dias, os ciganos dizem adeus às dietas e à tristeza e deliciam-se com os fartos manjares, que aprisionam as mulheres durante horas nas cozinhas, e cantam e dançam pela noite dentro. «Do dia 23 ao dia 25 há sempre festa em casa», afirma Maria Augusta Leonor. O Natal é tão importante que «passamos os dias a fazer comeres». Os preparativos começam já hoje, com o «amassar das filhóses», explica, acrescentando que «começam também as nossas palhaçadas».
Na noite da Consoada, o tradicional bacalhau cozido com couves e batatas é indispensável, assim como o bacalhau frito, a feijoada, conhecida por «guizo de Natal», e as frutas. O dia mais importante, o de Natal, e de aniversário de Maria Augusta Leonor, as mesas enchem-se com «cabrito assado e batata assada, carne guisada com batata cozida, as galinhas cozidas, o grão cozido com massa, as saladas de fruta e os pudins». Iguarias destinadas não só aos convidados, como também aqueles que querem aparecer. «Os ciganos andam de casa em casa, um bocado em cada mesa, a pedirem a benção ao cigano mais velho», elucida.
Uma festa que dá mais trabalho às mulheres que aos homens, garante Maria Augusta. «Para os homens é só para estarem a cantarem, a dançarem, a comerem os petiscos e a beberem as cervejas deles». Felizmente, para elas, os almoços não são tão importantes e, regra geral, comem-se os restos da noite anterior. Mas, «a partir do meio-dia e até à meia-noite ou uma da noite é sempre a comer e a beber». Quanto às cantigas, já se sabe, «coisas normais de ciganos».

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

PRECE A AGANJU


AGANJU, sei que muitos serão os desafios que encontrarei no meu caminho.
Mas também sei, que poderei atravessar cada um deles, com sua ajuda e justiça.
Em muitos momentos, estarei cansado e com vontade de desistir, mas buscarei renovar as minhas forças em sua pedreira de luz.
Compreendo que muitos adversários tentarão me impedir de obter as conquistas que almejo, mas sei que confiante em Ti,e nos orixás a qual acredito, sairei vitorioso.
Palavras rudes serão lançadas em minha direção, mas jamais irei me revoltar, porque cada um de nós encontra-se em um estágio evolutivo.
A indiferença irá provocar feridas, mas não deixarei que a esperança seja apagada de dentro do meu coração.
Os conflitos familiares me abalarão, mas não abandonarei a minha jornada, estarei confiante de que os orixás e o senhor, aganju , irá me dar a serenidade para superar essa fase.
As separações que ocorrerem, me levarão às lágrimas, mas compreenderei que elas foram necessárias para o meu amadurecimento espiritual.
Quando o sofrimento me levar ao chão, rogarei auxílio aos pretos velhos,caboclos ,malandros , exus, ciganos e aos orixás, não esquecendo de praticar a reflexão e de fazer a parte que me cabe.
Quando for seduzido pelos prazeres mundanos, reconhecerei a fraqueza e ao invés de me torturar, buscarei por um novo caminho.
Se a inveja e a calúnia me envolverem na escuridão, farei com que do meu Espírito brote a mais sincera e amorosa prece e assim, terei a certeza de que a espiritualidade maior irá me proteger dos ataques das trevas.
E mesmo que um desafio me apresente a derrota, não me perderei na tristeza, porque Deus sempre sabe o que faz e nenhum fio de cabelo cai, sem o Seu consentimento.
Por isso, afastarei a revolta e arregaçarei as mangas para recomeçar a caminhada.
Quando falsas verdades baterem à minha porta, farei com a luz divina a tudo ilumine.
Quando os companheiros ao meu lado, tornarem-se intolerantes, praticarei a paciência ao invés de simplesmente condenar.
E quando a vida parecer repleta de adversidades, não deixarei que o desespero me domine, jamais estarei desamparado, o Pai estará ao meu lado e me protegerá de toda e qualquer tempestade que se aproxime.
Serei confiante e equilibrado espiritualmente, entenderei que nenhum fator externo será capaz de tirar a minha harmonia.
E assim, encontrarei forças para prosseguir e vencer os espinhos que surgirem no meu caminho...

VOCE REALMENTE É UMBANDISTA?


1.Você diz que é umbandista quando perguntado qual é a sua religião?


2.Você casaria (ou casou) numa tenda de umbanda, independente da vontade de sua família?


3.Você batizaria (ou batizou) seus filhos na Umbanda?


4.Você seria capaz de sair de branco, numa passeata ou procissão em louvor aos orixás?


5.Você respeita a natureza, enquanto Reinos Divinos dos Orixás?


6.Você acha que praticar a caridade não se resume em incorporar seus guias no terreiro?


7.Em suas orações, alem de pedir por sua família, pede também a Deus para abrandar os corações humanos?


8.Você desistiria de um passeio, viagem ou festa para não faltar a um trabalho normal do terreiro?


9.Você gosta de adquirir novos conhecimentos sobre mediunidades e umbanda, absorvendo principalmente através de palavras dos guias e mentores, do seu dirigente espiritual e também filtrando os textos dos diversos livros sobre os temas?


10.Você ama seu próximo como a si mesmo?Se você disse mais NÃO do que SIM, preste atenção!!!!VOCÊ AINDA NÃO É UMBANDISTA.Mas pode ser... Pra isso, basta assumir sua religião!Lembre que a Umbanda é fé, amor e caridade e disso, ninguém deve se envergonhar.Seja bem-vindo!

Oxalá te espera com braços abertos

domingo, 21 de dezembro de 2008

OS CIGANOS NO RITUAL DE UMBANDA


Quando se fala em Povo Cigano muitos lembram logo de Exu. Essa associação é feita de forma errada, e acontece porque algumas ciganas se apresentavam como Cigana das Almas ou como Cigana do Cruzeiro ou coisa desse tipo.Mas poucos Umbandistas conhecem a verdadeira linha do Povo Cigano e a força que estas entidades têm, principalmente no que se diz respeito aos trabalhos de corrente de prosperidade, saúde e trabalho.As falanges ciganas, tal como as falanges orientais, carregam uma importância muito elevada. No início essas entidades se apresentavam nos Centros Kardecistas ou nos rituais de mesa branca. Mas aos poucos foram se aproximando da Umbanda, e encontraram nas Tendas Umbandistas a necessidade lógica de trabalho e caridade, além da afinidade com a musicalidade dos pontos e curimbas. Como sabemos, a linha de Ciganos é bem alegre, leve, e música, seja ela instrumental ou em pontos cantados, é fundamental.O trabalho Cigano na umbanda não é de leitura de mãos, prever futuros, nem jogos de tarot ou consultas de cartomantes, como se vê pelas ruas de forma bem pejorativa.O trabalho da Falange Cigana na Umbanda é pura e simplesmente da magia atuante no ambiente para que as pessoas que recebem suas vibrações possam ter harmonia espiritual, êxito em seus objetivos, saúde e prosperidade. Aproveitem essa corrente de luz de todos os ciganos!Arriba, Povo Cigano!!! Ôptcha!!!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

POMBA GIRA


Na Umbanda, a entidade espiritual que se manifesta incorporada em suas médiuns está fundamentada num arquétipo desenvolvido à partir da entidade Bombogira, originária do culto Angola.
Nos cultos tradicionais oriundos da Nigéria não havia a entidade Pombagira ou um Orixá que a fundamentasse.
Mas, quando da vinda dos nigerianos para o Brasil (isto por volta de 1800), estes aqui encontram-se com outros povos e culturas religiosas e assimilam a poderosa Bombogira angolana que, muito rapidamente, conquistou o respeito dos adoradores dos Orixás.
Com o passar do tempo a formosa e provocativa Bombogira conquistou um grau análogo ao de Exu e muitos passaram a chamá-la de Exu Feminino ou de mulher dele.
Mas ela, marota e astuta como só ela é, foi logo dizendo que era mulher de sete exus, uma para cada dia da semana, e, com isso, garantiu sua condição de superioridade e de independência.
Na verdade, num tempo em que as mulheres eram tratadas como inferiores aos homens e eram vítimas de maus tratos por parte dos seus companheiros, que só as queriam para lavar, passar, cozinhar e cuidar dos filhos, eis que uma entidade feminina baixava e extravasava o ‘eu interior’ feminino reprimido à força e dava vazão à sensualidade e à feminilidade subjugadoras do machismo, até dos mais inveterados machistas.
Pombagira foi logo no início de sua incorporação dizendo ao que viera e construiu um arquétipo forte, poderoso e subjugador do machismo ostentado por Exu e por todos os homens, vaidosos de sua força e poder sobre as mulheres.
Pombagira construiu o arquétipo da mulher livre das convenções sociais, liberal e liberada, exibicionista e provocante, insinuante e desbocada, sensual e libidinosa, quebrando todas as convenções que ensinavam que todos os espíritos tinham que ser certinhos e incorporarem de forma sisuda, respeitável e aceitável pelas pessoas e por membros de uma sociedade repressora da feminilidade.
Ela foi logo se apresentando como a “moça” da rua, apreciadora de um bom champagne e de uma saborosa cigarrilha, de batom e de lenços vermelhos provocantes.
“O batom realça os meus lábios, o rouge e os pós ressaltam minha condição de mulher livre e liberada de convenções sociais”.
Escrachada e provocativa, ela mexeu com o imaginário popular e muitos a associaram à mulher da rua, à rameira oferecida , e ela não só não foi contra essa associação como até confirmou: “É isso mesmo”!
E todos se quedaram diante dela, de sua beleza, feminilidade e liberalidade, e como que encantados por sua força, conseguiram abrir-lhe o íntimo e confessarem-lhe que eram infelizes porque não tinham coragem de ser como elas.
Aí punham para fora seus recalques, suas frustrações, suas mágoas, tristezas e ressentimentos com os do sexo oposto.
E a todos ela ouviu com compreensão e a ninguém negou seus conselhos e sua ajuda num campo que domina como ninguém mais é capaz.
Sua desenvoltura e seu poder fascinam até os mais introvertidos que, diante dela, se abrem e confessam suas necessidades.
Quem não iria admirar e amar arquétipo tão humano e tão liberalizado de sentimentos reprimidos à custa de muito sofrimento?
Pombagira é isto. É um dos mistérios do nosso divino criador que rege sobre a sexualidade feminina. Critiquem-na os que se sentirem ofendidos com seu poderoso charme e poder de fascinação.
Amem-na e respeitem-na os que entendem que o arquétipo é liberador da feminilidade tão reprimida na nossa sociedade patriarcal onde a mulher é vista e tida para a cama e a mesa.
Mas ela foi logo dizendo: “Cama, só para o meu deleite e mesa, só se for regada a muito champagne e dos bons!
Com isso feito, críticas contrárias à parte, o fato é que o arquétipo se impôs e muita gente já foi auxiliada pelas “Moças da Rua”, as companheiras de Exu.
A espiritualidade superior que arquitetou a Umbanda sinalizou à todos que não estava fechada para ninguém e que, tac como Cristo havia feito, também acolheria a mulher infiel, mal amada, frustrada e decepcionada com o sexo oposto e não encobriria com uma suposta religiosidade a hipocrisia das pessoas que, “por baixo dos panos”, o que gostam mesmo é de tudo o que a Pombagira representa com seu poderoso arquétipo.
Aos hipócritas e aos falsos puritanos, pombagira mostra-lhes que, no íntimo, ela é a mulher de seus sonhos… ou pesadelos, provocando-o e desmascarando seu falso moralismo, seu pudor e seu constrangimento diante de algo que o assusta e o ameaça em sua posição de dominador.
Esse arquétipo forte e poderoso já pôs por terra muito falso moralismo, libertando muitas pessoas que, se Freud tivesse conhecido, não teria sido tão atormentado com suas descobertas sobre a personalidade oculta dos seres humanos.
Mas para azar dele e sorte nossa, a Umbanda tem nas suas Pombagiras, ótimas psicólogas que, logo de cara, vão dando o diagnóstico e receitando os procedimentos para a cura das repressões e depressões íntimas.
Afinal, em se tratando de coisas íntimas e de intimidades, nesse campo ela é mestra e tem muito a nos ensinar.
Seus nomes, quando se apresentam, são simbólicos ou alusivos.
- Pombagira das Sete Encruzilhadas;
- Pombagira das Sete Praias;
- Pombagira das Sete Coroas;
- Pombagira das Sete Saias;
- Pombagira Dama da Noite;
- Pombagira Maria Molambo;
- Pombagira Maria Padilha;
- Pombagira das Almas;
- Pombagira dos Sete Véus;
- Pombagira Cigana; etc.
O simbolismo é típico da Umbanda porque na África, ele não existia e o seu arquétipo anterior era o de uma entidade feminina que iludia as pessoas e as levavam à perdição. Já na Umbanda, é o espírito que “baixa” em seu médium e, entre um gole de champagne e uma baforada de cigarrilha, orienta e ajuda a todos os que as respeitam e as amam, confiando-lhes seus segredos e suas necessidades. São ótimas psicólogas. E que psicólogas! “Salve as Moças da Rua”!
——————————————————————————–
Rubens Saraceni

A LENDA DA CHAMPAGNE


Dizem os mais antigos nos Terreiros de Umbanda, que Umbanda tem mironga, tem seus erós (segredos), mas na umbanda do ano 2000 as cortinas dos gongás serão abertas, pois numa religião verdadeira, de futuro e para o futuro, nada deve ser mantido em segredo, para que ela continue, além do milênio.O champagne sempre foi uma bebida fina, usada para comemorar os momentos de festa e alegria, a umbanda com suas origens escravas, indígenas, não tinha acesso a essa bebida, só quando sobrava ou era jogada fora.Nossos Guias que são nossos mestres nos trouxeram de presente a lenda da champagne na Umbanda, pois quando a Umbanda começou a existir oficialmente, os filhos de fé queriam agradar a mãe Iemanjá, mãe Oxum, mãe Iansã, Nanã Buruquê, e a senhora Pomba Gira. No início deste século, no Rio, existia uma velha portuguesa, filha de Iansã, que cultuava o seu Orixá nos seus otás com água benta e com ela morava uma mulher negra, ex-escrava, que lhe servia como empregada.A portuguesa pediu para ela ir buscar água benta para colocar aos pés do seu Orixá. No caminho encontrou quatro marinheiros bêbados, que jogaram várias garrafas de champaqne semi-cheias, fora curiosa, a mulher provou da bebida e gostou. Foi bebendo até adormecer. Ao acordar, ficou apavorada, pois perdera a hora e não dava mais tempo de ir à igreja pegar a água benta. Nervosa, lembrou das chanpagnes e encheu a sua bilha.Ao chegar em casa, a portuguesa, furiosa, gritou onde ela estivera para ter demorado tanto, mas a negra, muito fa­lante, disse que a Santa Bárbara, ou melhor, mãe Iansã tinha aparecido, dizendo que não queria mais água benta, queria algo melhor, diferente, uma bebida fina, docê. A portuguesa não acreditando na negra mentirosa, pega a bilha abre e sente o cheiro docê da champagne, perguntando:- Quem te deu?- Foi Santa Bárbara- Mentirosa!- Eu não menti, senhora. Mãe Iansã me mostrou a água que ela gostava mais, afinal, para o Orixá nos dá miô, os Santos vão gosta muito mais. A portuguesa ficou pensativa, provou o champagne, e parecia que tinha um gosto que jamais tinha provado. Muito, vaidosa, pensou bem, pois nem sempre tinha vontade de mandar buscar água benta e se a negra africana falou ela devia ter uma razão.A portuguesa era filha de santo de uma Tenda de Umbanda na rua da Assembléia e explicou ao Pai do Santo a sua mudança, pois assim seus Santos queriam.Todos começaram a observar a mudança da portuguesa o como acharam serModa da Europa, coisa grãnfina, passaram a espalhar a moda nas oferendas, sem saberem que a lenda do champagne na Umbanda veio de uma negra ex-escrava.

mediunidade


A MEDIUNIDADE

A mediunidade é a capacidade que todos nós temos, em maior ou menor grau e tipos diferentes, de servirmos de veículo de comunicação entre o plano físico e o plano espiritual.
A mediunidade é a principal ferramenta utilizada no umbanda em seus trabalhos, pois através desta, os médiuns (pessoas que fazem uso direto da mediunidade) exercem poder de cura, aconselhamento e de realização espiritual para aqueles que buscam auxílio. Através dela, ocorre o contato com os mestres espirituais; e também através dela, sanamos as nossas deficiências, nos evoluindo pela prática da caridade que ela nos oferece, no intuito de diminuir as nossas dívidas para com a humanidade. Um dom. Uma missão.
A mediunidade pode ficar latente durante toda a vida e não causar maiores problemas, ou pode "explodir", causando transtornos na saúde, na vida sentimental e na vida profissional, dependendo da sensibilidade do médium, o que varia de pessoa para pessoa.
Devemos esclarecer, entretanto, que não é a mediunidade que causa esses transtornos e sim o comportamento irregular que a pessoa passa a ter, uma vez que fica sem autocontrole, instável emocionalmente, e captando vibrações nem sempre boas, das pessoas com quem convive e dos ambientes que freqüenta. Tudo isso contribui para que a pessoa se indisponha com seus entes mais queridos, se indisponha no seu ambiente de trabalho e, muitas vezes, perca a sua boa saúde anterior, já que normalmente assumirá um estado mental negativo.
A mediunidade é um dom que precisamos aprender a controlar e que precisa ser disciplinada. E para controlarmos esse processo, fazemos muitas vezes uso do "Desenvolvimento Mediúnico".

PRINCIPAIS SINTOMAS DA MEDIUNIDADE

a) Sintoma clássico: suor excessivo nas mãos e axilas, principalmente nas mãos. As mãos ficam molhadas, quase geladas. Os pés também podem ficar gelados; as maçãs do rosto muito vermelhas e quentes; as orelhas ardem.

b) Depressão psíquica: a pessoa fica totalmente instável, passando de uma grande alegria para uma profunda tristeza sem motivo aparente. Fica melancólica e sente uma profunda solidão. É como se o mundo todo estivesse voltado contra ela. É facilmente irritável e, nessa fase, ela vai ferir com palavras e gestos aqueles que mais gosta.

c) Alterações no sono: sono profundo ou insônia. A insônia é provocada pela aceleração no cérebro devida à vibração. Os pensamentos voam de um assunto para outro, incontroláveis, e a pessoa não consegue dormir. O sono profundo é devido à perda de ectoplasma, de força vital. Há um enfraquecimento geral do organismo e as vibrações da pessoa são reduzidas.

d) Perda de equilíbrio e sensação de desmaio: a perda de equilíbrio é uma sensação muito rápida. A pessoa pensa que vai cair e tenta se segurar em alguma coisa, mas a sensação termina antes que ela consiga fazer qualquer gesto. É extremamente desagradável. A sensação de desmaio normalmente ocorre quando a vibração abandona a pessoa bruscamente. Ela fica muito pálida e tem que sentar para não cair. Às vezes ocorre sensação de vômito ou de diarréia. Um copo de água com bastante açúcar e respiração pela narina direita normalmente bastam para contornar essa situação.

e) Taquicardia: comum em algumas pessoas. Há uma súbita alteração no ritmo dos batimentos cardíacos, fruto do aceleramento provocado pela vibração atuando.

f) Medos e Fobias: a pessoa fica com medo de sair sozinha, de se alimentar, de tomar remédios, pois acha que tudo lhe fará mal. Às vezes tem medo de dormir sozinha ou com a luz apagada. É muito comum, também, uma total insegurança em tudo o que vai fazer.

Todos esses sintomas tendem a desaparecer com a preparação espiritual e o desenvolvimento mediúnico, mas o tempo necessário ao desenvolvimento dependerá muito do grau de mediunidade, do interesse e da preparação espiritual do médium.

OS TIPOS MAIS COMUNS DE MEDIUNIDADE

Existem mais de 100 tipos de mediunidade, mas os mais comuns são os seguintes:

a) Intuição: é um tipo de mediunidade onde o médium recebe em seu pensamento, sob a forma de uma sugestão, mensagens provindas de um espírito. A intuição nem sempre deve ser seguida, a não ser que o médium consiga identificar a entidade que o está intuindo. Essa identificação, ele aprenderá a fazer no seu desenvolvimento pois cada entidade produz um sintonia diferente no organismo.

b) Incorporação: é a mediunidade em que o médium sintoniza a vibração da entidade e essa vibração toma conta de todo o seu corpo. A sintonia é mental e pode produzir uma incorporação parcial ou uma integral.Na incorporação parcial, o médium fica consciente, isto é, ele sabe que está ali, sente, observa, mas não domina o corpo nem controla o raciocínio. Perde, também, a noção de tempo e, embora tenha sido espectador de si mesmo, perde a noção de muita coisa que se passou, ao desincorporar. Na incorporação parcial pode haver uma quebra de sintonia ocasional, o que permitirá ao médium interferir na comunicação.Na incorporação integral, o médium fica totalmente inconsciente, pois há uma perfeita sintonia com a vibração da entidade. Nesse caso, não há possibilidade de interferência e, ao desincorporar, o médium não vai se lembrar de nada do que se passou.
*Queremos esclarecer que a incorporação parcial é tão autêntica quanto a integral. O único problema é o médium não interferir, procurando se isolar e deixar que a entidade atue livremente. A esmagadora maioria dos médiuns (mais de 95%) trabalha em incorporação parcial e uma pequeníssima minoria (menos de 5%), em incorporação integral.

c) Vidência: é o tipo de mediunidade que permite, àquele que a possui desenvolvida, ver as entidades, as irradiações. Pode ser de três tipos: direta, intuitiva e focalizada.
Na vidência direta, o médium pode ver as entidades de quatro maneiras diferentes:
1 - na projeção, o médium vê apenas um facho de luz, uma coloração que depende da vibração atuante. Não vê forma humana, nem identifica a entidade.
2 - na parcial, o médium percebe uma forma humana ao lado de quem está trabalhando espiritualmente, mas ainda não dá uma perfeita identificação. Vê somente o contorno, a forma.
3 - no acavalamento, o médium vê a entidade por cima dos ombros de outro médium. Já percebe se é masculina ou feminina, se é caboclo ou preto velho ou outro falangeiro qualquer, se os cabelos são longos ou curtos, etc.
Muitos médiuns que tiveram esse tipo de vidência afirmam, por desconhecimento, que as entidades vistas possuíam mais de dois metros de altura, não percebendo que a entidade, vista acima dos ombros de outro médium, produziu uma falsa impressão de altura.
4 - no encamisamento, o médium vê a entidade toda, perfeita. Isso acontece na incorporação integral, quando a entidade toma conta do corpo de um outro médium.
Na vidência intuitiva, o médium vê apenas com a mente. Ele se concentra e recebe a imagem mental, por intuição.
Na vidência focalizada, o médium utiliza algum objeto para a vidência, como um copo d'água ou um cristal. As imagens aparecem no objeto de vidência.

*Muitas vezes os médiuns videntes vêem claramente, como nós vemos uma árvore ou um carro, um espírito; sem utilizar ferramenta nenhuma, senão os olhos.

d) Clarividência: é o tipo de mediunidade que permite ver fatos que ocorreram no passado e que ocorrerão no futuro. Os clarividentes podem ver os corpos astral e mental de outras pessoas, e tomar conhecimento da vida em outros planos espirituais. É um tipo de mediunidade difícil de ser encontrado.

e) Audição: o médium ouve uma voz clara e nítida nos seus ouvidos e dessa forma recebe as mensagens. Na audição, devemos ter o mesmo cuidado que temos na intuição, no que diz respeito à identificação de quem está dando a mensagem.

f) Transporte: é a capacidade de visitar espiritualmente outros lugares, enquanto o corpo físico permanece repousando tranqüilamente; o espírito se desliga do corpo e vai para o espaço. Esse transporte pode ser voluntário ou involuntário.No transporte voluntário, o médium se predispõe a realizá-lo. Ele se concentra e se projeta espiritualmente a outros lugares, tomando conhecimento do que vê e do que ouve.O transporte involuntário ocorre durante o sono. Todos nós nos desligamos do corpo físico durante o sono e entramos em contato com pessoas e lugares dos quais não nos recordamos ao acordar. Às vezes, recebemos nesses transportes soluções para os nossos problemas que, mais tarde, nos parecerão idéias próprias. A respeito, diz um ditado popular: "Para a solução de um grande problema, nada melhor que uma boa noite de sono".

g) Desdobramento: é um transporte em que o espírito do médium fica visível à outra pessoa. O corpo físico fica repousando, o espírito do médium se transporta a outro ambiente e, nesse ambiente, torna-se visível.

h) Psicografia: tipo de mediunidade muito comum, podendo ser intuitiva, semimecânica ou mecânica. É a capacidade de receber comunicações pela escrita.
Na psicografia intuitiva, o médium recebe as mensagens na mente e as passa para o papel. É pura intuição.Na psicografia semi-mecânica, o médium, à medida que vai escrevendo, vai também tomando conhecimento do que escreve. O espírito atua, simultaneamente, na mente e na mão do médium.Na psicografia mecânica, o espírito atua somente na mão do médium, que escreve sem tomar conhecimento da mensagem recebida.
Quando, ao invés de escrever, o espírito utiliza a mão do médium para pintar, esse tipo de mediunidade é chamado de psicopictografia.

RECOMENDAÇÕES AOS MÉDIUNS1. Orar, sempre que possível, a fim de ficar em contato com Deus, pedindo-lhe que fortaleça seus guias e protetores para a prática da caridade;2. Ler, nas horas de folga, um livro ou jornal instrutivo sobre a Umbanda, Espiritismo ou o Evangelho, assim reeducando o próprio espírito;3. Fazer tudo para ter um dia calmo, sem aborrecimentos, nem discussões, preparando-se durante o dia para realizar bons trabalhos à noite no terreiro;4. Nos dias de sessões, abster-se de carne, pois esta diminui o magnetismo, enfraquece o teor vibratório e desgasta as energias vitais, dificultando as incorporações;5. Não se fanatize pelos cultos afro-brasileiros, evitando discussões estéreis, violentas ou exageradamente apaixonadas ou falando a todo instante a respeito de fatos relacionados com a Umbanda. Troque idéias nos momentos certos, em conversas sérias, em que haja interesse em se aprender algo útil;6. A força de seus trabalhos em benefícios dos irmãos, depende do seu amor por eles. O lema a ser adotado é: "Amar e perdoar; aprender e servir";Lembre-se: Trabalhar em prol do conceito da Umbanda é dever de todos nós.
Fonte: http://www.ceurubatan.hpg.ig.com.br/dicas.html

A PREPARAÇÃO DO MÉDIUM ANTES DA REENCARNAÇÃO Se o espírito ou ser desencarnado aceitou a faculdade mediúnica, faz-se necessário que se proceda ao preparo dele, afim de que possa manifestar ou revelar isso, no mundo dos encarnados, que provisoriamente vai ser o seu. Esse preparo começa pela parte moral, quando lhe é feito sentir tudo o que terá de sofrer ou passar em relação a esse dom e até mesmo quais os seres irmãos desencarnados que vão agir através de sua mediunidade. Estando esta parte moral kármica bem situada, segue-se o outro preparo, de caráter puramente energético. Sim, porque a condição moral-espiritual kármica quer probatória(que serve de prova), evolutiva ou missionária em que os seres forem situados, em relação com a dita mediunidade, antes de ocuparem a forma humana, será posta em relevo, quanto ao esforço próprio, isto é, serão bem advertidos de que reajustes, benefícios e êxitos ficarão na dependência de seus esforços, da força de vontade que devem usar ou ter para vencer. É lhes mostrado, também, como essa faculdade medianímica, se revelando em benefícios, em caridade sobre os outros, trará a seus karmas, pela lei do é dando que se recebe, os elementos que se incorporarão às aquisições positivas, no caminho da evolução. Assim, essa dupla condição de ser veículo dos espíritos, dada a forma de um dom, é, em primeiro lugar, uma condição espiritual especial, dotada ao ser, antes de encarnar e que se afirma durante a gestação. Isso, de modo geral, mas, excepcionalmente, pode ser conferido depois, no encarnado já adulto. Acreditamos que o ser não encarnado trava conhecimento com os espíritos que através de sua mediunidade obterão a evolução, firmando desta forma, antes mesmo do seu nascimento, um pacto de ajuda mútua.

vida cigana


VIDA CIGANA (01)Imaginem as estradas precárias por onde transitavam suas carroças. Sujeito às condições climáticas, o comboio enfrentava a tormenta da chuva e do frio. As carroças eram tombadas pela fúria dos ventos, ou as rodas ficavam atoladas na lama. Crianças pequenas choravam, com medo da manifestação da Natureza; as mães ficavam temerosas pela integridade física dos pequenos; as mulheres grávidas, expostas aos acidentes; os mais idosos tambem igualmente permaneciam expostos. Contudo, todos acorriam no socorro à carroça acidentada.Quantos partos foram feitos durante esses momentos de tormenta! As parturientes contavam apenas com a destreza das mais velhas do clã. Tantos e quantos partos complicados foram vencidos, quando não pela destreza, foram-no pelas simpatias e orações feitas com fervor. A mesma situação era vivida por outros clãs em países distantes, que, dependendo da região, enfrentavam também a neve, no entanto a situação em si não se diferenciava uma da outra. Durante a calmaria, tudo era festa. Porém, tudo tem seu preço. Confrontando a visão poética da liberdade cigana, do povo ao redor da fogueira cantando e dançando, temos tambem a realidade de suas necessidades básicas, a exemplo da higiene. Normalmente, procuravam acampar próximo aos rios, de onde podiam colher água potável para cozinhar, beber, tomar banho, lavar as roupas, etc.texto extraido do livro:CIGANOS = ROM UM POVO SEM FRONTEIRAS autor: NELSON PIRES FILHO

terça-feira, 9 de dezembro de 2008


Ogùn
Aspectos Gerais
DIA: Terça-Feira
DATA: 13 de junho
METAL: Ferro (mas todos os metais são de Ogum)
CORES: Verde ou Azul escuro (Brasil), Vermelho (África)
COMIDAS: Inhame assado e feijoada
SÍMBOLOS: Bigorna, faca, pá, enxada e outras ferramentas
ELEMENTOS: Terra (florestas e estradas) e fogo
REGIÃO DA ÁFRICA: Iré
PEDRA: Lápis-lazúli
FOLHAS: Abre-caminho-de-Ogum, madeira de lei, aroeira-brancacajarana, folhas de manga espada, palmeira, pau-ferrocaiçara, peregun (pau-d’água)
ODU QUE REGE: Ejikomeji, Etaogundá, Owarín
DOMÍNIOS: Guerra, progresso, conquista e metalurgia
SAUDAÇÃO: Ògún ieé!!

Origem e história
Ogum (Ògún) é o temível guerreiro, violento e implacável, deus do ferro, da metalurgia e da tecnologia; protetor do ferreiros, agricultores, caçadores, carpinteiros, escultores, sapateiros, açougueiros, metalúrgicos, marceneiros, maquinistas, mecânicos, motoristas e de todos os profissionais que de alguma forma lidam com o ferro ou metais afins.
Orixá conquistador, Ogum fez-se respeitar em toda a África negra por seu caráter devastador. Foras muitos os reinos que se curvavam diante do poder militar de Ogum.
Entre os muitos Estados conquistados por Ogum estava a cidade de Iré, da qual tornou-se senhor após matar o rei e substituí-lo por seu, próprio filho, regressando glorioso com o título de Oníìré, ou seja, Rei de Iré.
Não é por acaso, portanto, que nas orações dedicadas a Ogum o medo fica tão evidente e a piedade é um pedido constante, pois como diz uma de suas cantigas:
Ògún pá lélé páÒgún pá ojaréÒgún pá, ejé páAkoró ojaré.
Ogum mata com violênciaOgum mata com razãoOgum mata e destrói completamente.
Ogum é o filho mais velho de Odudua, o herói civilizador que fundou a cidade de Ifé. Quando Odudua esteve temporariamente cego, Ogum tornou-se seu regente em Ifé.
Ogum é um orixá importantíssimo na África e no Brasil. Sua origem, de acordo com a história, data de eras remotas. Ogum é o último imolé.
Os Igba Imolé eram os duzentos deuses da direita que foram destruídos por Olodumaré após terem agido mal. A Ogum, o único Igba Imolé que restou, coube conduzir os Irun Imole, os outros quatrocentos deuses da esquerda.
Foi Ogum quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele tem um molho de sete instrumentos de ferro: alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza.
Em todos os cantos da África negra Ogum é conhecido, pois soube conquistar cada espaço daquele continente com sua bravura. Matou muita gente, mas matou a fome de muita gente, por isso antes de ser temido Ogum é amado.
Espada! Eis o braço de Ogum.


Características dos filhos de Ogum


Fisicamente, os filhos de Ogum são magros, mas com músculos e formas bem definidas. Compartilham com Exu o gosto pelas festas e conversas que não acabam e gostam de brigas. Se não fizerem a sua própria briga, compram a de seus camaradas.
Sexualmente os filhos de Ogum são muito potentes; trocam constantemente de parceiros, pois possuem dificuldade de se fixar a pessoa ou lugar.
São do tipo que dispensa um confortável colchão de molas para dormir no chão; gostam de pisar a terra com os pés descalços. São pessoas batalhadoras, que não medem esforços para atingir seus objetivos, são pessoas que mesmo contrariando a lógica lutam insistentemente e vencem.
Não se prendem à riqueza, ganham hoje, gastam amanhã. Gostam mesmo é do poder, gostam de comandar, são líderes natos. Essa necessidade de estar sempre à frente pode torná-los pessoas egoístas e desagradáveis, mas nem sempre.
Geralmente, os filhos de Ogum são pessoas alegres, que falam e riem alto para que todos se divirtam com suas histórias e que adoram compartilhar a sua felicidade.

Òya
Aspectos Gerais
Dia: Quarta-feira
Data: 4 de Dezembro
Metal: Cobre
Cores: Marrom, vermelho e rosa
Comidas: Acarajé e abará
Símbolos: Espada e eruesin
Elementos: Ar em movimento, fogo
Região da África: Irá
Pedras: Rubi, terracota
Folhas: Pára-raio, louro, flor-de-coral, brinco-de-princesa
Odu que rege: Osá, Owarín
Domínios: Tempestades, ventanias, raios, morte
Saudação: Epahei!
Origem e História
O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se Níger, é imponente e atravessa todo o país. Rasgado, espalha-se pelas principais cidades através de seus afluentes por esse motivo tornou-se conhecido com o nome Odò Oya, já que ya, em iorubá, significa rasgar, espalhar. Esse rio é a morada da mulher mais poderosa da África negra, a mãe dos nove orum, dos nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Ìyá Mésàn, Iansã (Yánsàn).
Embora seja saudada como a deusa do rio Níger, está relacionada ao elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasce da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio de uma chuva, é a filha do fogo-Omo Iná.
A tempestade é o poder manifesto de Iansã, rainha dos raios, das ventanias, do tempo que se fecha sem chover.
Ilumina o céu na tarde escura,Ressoa seu assovio terrível:Vento de morte na tarde de chuva,Vento que destelha a casa do traidor,Que deixa a nuvem inundar a cidade,Que destrói,Que mata.Ilumina o céu na tarde escura,Brisa benfazeja que afasta as nuvens negras:Vento da vida na tarde de sol,Vento que afasta a escuridão,Que devolve a luz do dia,Que encanta,Que brilha.
Iansã é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-dia é sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra seu amor e sua alegria contagiantes na mesma proporção que exterioriza sua raiva, seu ódio. Dessa forma, passou a se identificar muito mais com todas as atividades relacionadas ao homem, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional. Iansã é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento.
O fato de estar relacionada a funções tipicamente masculinas não afasta Iansã das características próprias de uma mulher sensual, fogosa, ardente; ela é extremamente feminina e seu número de paixões mostra a forte atração que sente pelo sexo oposto. Oiá (Oya) teve muitos homens e verdadeiramente amou todos. Graças a seus amores, conquistou grandes poderes e se tornou orixá.
Assim, Iansã tornou-se mulher de quase todos os orixás. Ela é arrebatadora, sensual e provocante, mas quando ama um homem só se interessa por ele, por tanto é extremamente fiel e possessiva. Todavia, a fidelidade de Iansã não está necessariamente relacionada a um homem, mas a suas convicções e seus sentimentos.
Algumas passagens da história de Iansã a relacionam à antigos cultos agrários africanos ligado à fecundidade, e é por isso que a menção ao chifres de novilho ou búfalo, símbolos de virilidade, sempre surge em suas histórias. Iansã é a única que pode segurar os chifres de um búfalo, pois essa mulher cheia de encantos foi capaz de transforma-se em búfalo e tornar-se mulher da guerra e da caça.
Oyá é a mulher que sai em busca do sustento; ela quer um homem para amá-la e não para sustentá-la. Desperta pronta para a guerra, para a sua lida do dia-a-dia, não tem medo do batente: luta e vence.


Características dos filhos de Oyá


Para os filhos de Oyá, viver é uma grande aventura. Enfrentar os riscos e desafios da vida são os prazeres dessas pessoas, tudo para elas é festa. Escolhem seus caminhos mais por paixão do que por reflexão. Em vez de ficar em casa, vão a luta e conquistam o que desejam.
São pessoas atiradas, extrovertidas e diretas, que jamais escondem seus sentimentos, seja de felicidade, seja de tristeza. Entregam-se a súbitas paixões e de repente esquecem, partem para outra, e o antigo parceiro é como se nunca tivesse existido. Isso não é prova de promiscuidade, pelo contrário, são extremamente fiéis à pessoa que amam, mas só enquanto amam.
Essas pessoas tendem a ser autoritárias e possessivas; seu gênio muda repentinamente sem que ninguém esteja preparado para essas guinadas. Os relacionamentos longos só acontecem quando controlam seus impulsos, aí, são capazes de viver para o resto da vida ao lado da mesma pessoa, que deve permitir que se tornem os senhores da situação.
Os filhos de Oyá, na condição de amigos, revelam-se pessoas confiáveis, mas cuidado, os mais prudentes, no entanto, não ousariam lhe confiar um segredo, pois, se mais tarde acontecer uma desavença, um filho de Oyá não pensará antes de usar tudo que lhe foi contado como arma.
Seu comportamento pode ser explosivo, como uma tempestade, ou calmo, como uma brisa de fim de tarde. Só uma coisa o tira do sério: mexer com um filho seu é o mesmo que comprar uma briga de morte: batem em qualquer um, crescem no corpo e na raiva, matam se for preciso.

Òsun
Aspectos Gerais
Dia: Sábado
Data: 8 de Dezembro
Metais: Cobre, latão e ouro
Cor: Amarelo- ouro
Símbolo: Leque com espelho (abebé)
Elemento: Água doce (rios, cachoeiras, nascentes, lagoas etc.)
Região da África: Ijesá, Ijebu e Osogbo
Pedra: Topázio
Folhas: Macaca, baronesa, vitória-régia, oripepê, ojú-oro, oxibatá, oriri, vassourinha-de-igreja
Odu que rege: Osé
Domínios: Amor, riqueza, fecundidade, gestação e maternidade
Saudação: Eri Yéyé ó!
Orígem e História
Na Nigéria, mais precisamente em Ijesá, Ijebu e Osogbó, corre calmamente o rio Oxum, a morada da mais bela aiabá, rainha de todas as riquezas, protetora das crianças, mãe da doçura e da benevolência.Generosa e digna, Oxum é a rainha de todos os rios. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino.Oxum é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé. É a própria vaidade, dengosa e formosa, pacienciosa e bondosa, mãe que amamenta e ama. Um de seus oriquis, visto com mais atenção, revela o zelo de Oxum com seus filhos:
Mulher eleganteQue tem jóias de cobre maciçoÉ uma cliente dos mercadores de cobreOxum limpa suas jóias de cobreAntes de limpar seus filhos
O primeiro filho de Oxum chama-se Ide, é uma verdadeira jóia, uma argola de cobre que todo iniciado de Oxum deve carregar em seu braço. Oxum não vê defeitos em seus filhos, não vê sujeira, seus filhos, para ela, são verdadeiras jóias, ela só consegue enxergar seu brilho. É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram independência. Seus filhos, antes, suas jóias, sua maior riqueza.



Características dos filhos de Oxum


Dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar com suas diferenças com habilidade e diplomacia. São obstinadas na busca de seus objetivos.Oxum é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem suas finalidades, atrás de sua imagem doce se esconde uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.Têm uma certa tendência à gordura, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, badalações e de outros prazeres que a vida possa lhes oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos.Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Oxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e caro.O lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso as maiores ialorixás que o Brasil tem e teve são de Oxum

Sango
Aspectos Gerais
DIA: Quarta-Feira
DATA: 29 de junho
METAIS: Cobre, ouro e chumbo.
CORES: Vermelho (ou marrom) e branco
COMIDA: Amalá
SÍMBOLOS: Oxés (machados duplos), Edún-Àrá, xerê
ELEMENTOS: Fogo (grandes chamas, raios), formações rochosas.
REGIÃO DA ÁFRICA: Òyó e Kossô(reino vizinho ou subdistrito de Òyó)
PEDRA: Rubi
FOLHAS: Cabuatá, hortelã grosso, manjerona, musgo de pedreira, mentrasto.
ODU QUE REGE: Ejilaseborá e Obará
DOMÍNOS: Poder estatal, justiça, questões jurídicas.
SAUDAÇÃO: Kawó Kabiesilé!!

Origem e História
Nem seria preciso falar do poder de Xangô (Sòngó), porque o poder é sua síntese. Xangô nasce do poder morre em nome do poder. Rei absoluto, forte, imbatível: um déspota. O prazer de Xangô é o poder. Xangô manda nos poderosos, manda em seu reino e nos reinos vizinhos. Xangô é rei entre todos os reis. Não existe uma hierarquia entre os orixás, nenhum possui mais axé que o outro, apenas Oxalá, que representa o patriarca da religião e é o orixá mais velho, goza de certa primazia. Contudo, se preciso fosse escolher um orixá todo-poderoso, quem, senão Xangô para assumir esse papel?
Xangô gosta dos desafios, que não raras vezes aparecem nas saudações que lhe fazem seus devotos na África. Porém o desafio é feito sempre para ratificar o poder de Xangô.
A maneira como todos devem se referir a Xangô já expressa o seu poder. Procure imaginar um elefante, mas um Elefante-de-olhos-tão-grandes-quanto-potes-de-boca-larga: esse é Xangô e, se o corpo do animal segue a proporção dos olhos, Xangô realmente é o Elefante-que-manda-na-savana, imponente, poderoso.
Percebe-se que a imagem de poder está sempre associada a Xangô. O poder real, por exemplo, lhe é devido por ter se tornado o quarto alafim de Òyó, que era considerada a capital política dos iorubas, a cidade mais importante da Nigéria. Xangô destronou o próprio meio-irmão Dadá-Ajaká com um golpe militar. A personalidade pacienciosa e tolerante do irmão irritavam Xangô e, certamente, o povo de Òyó, que o apoiou para que ele se tornasse o seu grande rei, até hoje lembrado.
O trono de Òyó já pertencia a Xangô por direito, pois seu pai, Oranian, foi fundador da cidade e de sua dinastia. Ele só fez apressar a sua ascensão. Xangô é o rei que não aceita contestação, todos sabem de seus méritos e reconhecem que seu poder, antes de ser conquistado pela opressão, pela força, é merecido. Xangô foi o grande alafim de Òyo porque soube inspirar credibilidade aos seus súditos, tomou as decisões mais acertadas e sábias e, sobretudo, demonstrou a sua capacidade para o comando, persuadindo a todos não só por seu poder repressivo como por seu senso de justiça muito apurado.
Não erram, como se viu, os que dizem que Xangô exerce o poder de uma forma ditatorial, que faz uso da força e da repressão para manter a autoridade. Sabe-se, no entanto, que nenhuma ditadura ou regime despótico mantém-se por muito tempo se não houver respaldo popular. Em outros termos, o déspota reflete a imagem de seu povo, e este ama o seu senhor, seja porque nos momentos de tensão responde com eficiência, seja por assumir a postura de um pai. No caso de Xangô, sua retidão e honestidade superam o seu caráter arbitrário; suas medidas, embora impostas, são sempre justas e por isso ele é, acima de tudo, um rei amado, pois é repressor por seu estilo, não por maldade.
Fato é que não se pode falar de Xangô sem falar de poder. Ele expressa autoridade dos grandes governantes, mas também detém o poder mágico, já que domina o mais perigoso de todos os elementos da natureza: o fogo. O poder mágico de Xangô reside no raio, no fogo que corta o céu, que destrói na Terra, mas que transforma, que protege, que ilumina o caminho. O fogo é a grande arma de Xangô, com a qual castiga aqueles que não honram seu nome. Por meio do raio ele atinge a casa do próprio malfeitor.Xangô é bastante cultuado na região de Tapá ou Nupê, que, segundo algumas versões históricas, seria terra de origem de sua família materna.
Tudo que se relaciona com Xangô lembra realeza, as suas vestes, a sua riqueza, a sua forma de gerir o poder. A cor vermelha, por exemplo, sempre esteve ligada à nobreza, só os grandes reis pisavam sobre o tapete vermelho, e Xangô pisa sobre o fogo, o vermelho original, o seu tapete.
Xangô sempre foi um homem bonito extremamente vaidoso, por isso conquistou todas a mulheres que quis, e, afinal, o que seria um ‘olhar de fogo’senão um olhar de desejo ardente? Quem resiste ao olhar de flerte de Xangô?
Xangô era um amante irresistível e por isso foi disputado por três mulheres. Iansã foi sua primeira esposa e a única que o acompanhou em sua saída estratégica da vida. È com ela que divide o domínio sobre o fogo.Oxum foi à segunda esposa de Xangô e a mais amada. Apenas por Oxum, Xangô perdeu a cabeça, só por ela chorou.
A terceira esposa de Xangô foi Oba, que amou e não foi amada. Oba abdicou de sua vida para viver por Xangô, foi capaz de mutilar o seu corpo por amor o seu rei.
Xangô decide sobre a vida de todos, mas sobre a sua vida (e sua morte) só ele tem o direito de decidir. Ele é mais poderoso que a morte, razão pela qual passou a ser o seu anti-símbolo
Características dos filhos de Xangô

É muito fácil reconhecer um filho de Xangô apenas por sua estrutura física, pois seu corpo é sempre muito forte, com uma quantidade razoável de gordura, apontando a sua tendência à obesidade; mas a sua boa constituição óssea suporta o seu físico avantajado.
Com forte dose de energia e auto-estima, os filhos de Xangô têm consciência de que são importantes e respeitáveis, portanto quando emitem sua opinião é para encerrar definitivamente o assunto. Sua postura é sempre nobre, com a dignidade de um rei. Sempre andam acompanhados de grandes comitivas; embora nunca estejam sós, a solidão é um de seus estigmas.
Conscientemente são incapazes de ser injustos com alguém, mas um certo egoísmo faz parte de seu arquétipo. São extremamente austeros (para não dizer sovinas), portanto não é por acaso que Xangô dança alujá com a mão fechada. Gostam do poder e do saber, que são os grandes objetos de sua vaidade.
São amantes vigorosos, uma pessoa só não satisfaz um filho de Xangô. Pobre das mulheres cujos maridos são de Xangô. Um filho de Xangô está sempre cercado de muitas mulheres, sejam suas amantes, sejam suas auxiliares, no caso de governantes, empresários e até babalorixás, mas a tendência é que aqueles que decidem ao seu lado sejam sempre homens.
Os filhos de Xangô são obstinados, agem com estratégia e conseguem o que querem. Tudo que fazem marca de alguma forma sua presença; fazem questão de viver ao lado de muita gente e têm pavor de ser esquecido, pois, sempre presentes na memória de todos, sabem que continuarão vivos após a sua ‘retirada estratégica’.

Ìjèsà
Ilexá é uma cidade histórica, situada no estado de Osun (Oxum), localizado no sudoeste da Nigéria, cujo povo ficou conhecido como nação Ijexá; localiza-se na interseção de Ilê Ifé, Oshogbo e akure. A cidade é uma das mais tradicionais da história do povo yorubá, já chegou a ser a capital do reino de Oyó, nos tempos do império; e no século XIX com a queda de oyó, Ilexá se tornou sujeito a Ibadan. Das cidades e aldeias desta região da Nigéria , Ilexá é a maior, com uma população com mais de cem mil habitantes nos dias de hoje; é um centro agrícola e comercial, cujos principais produtos são: o cacau, noz de cola, óleo de palma e inhame. Ilexá possui 18 escolas secundarias e também uma academia de educação do estado, e tem um grau de unidade cultural e lingüística que se distingue dos outros povos. A cidade tem rede de estradas que contribui para o sistema de esferas comerciais que ativa a distribuição de produtos dentro e fora da região.
A parte meridional da região era uma floresta que se transformou numa área de produção de cacau e noz de cola. Na parte norte há uma vasta plantação de inhames e milho; além de outros produtos que além de serem consumidos contribuem com o comércio com outras cidades importantes da área, inclusive Ilê-ife, Osogbo, Akure, e mais adiante com Ibadan e Lagos, além das outras cidades da Nigéria. As estradas principais que ligam Ilexá com outras regiões são pavimentadas, mas também há lugares onde a estrada é de chão batido, que dificulta a passagem principalmente em dias de chuvas.
Como em todas as comunidades yorubás, a maior parte dos comerciantes são mulheres; elas são mulheres de negocio que operam pequenos empreendimentos. A cidade de Ilexá tem a maior esfera comercial na região. O mercado, localizado perto do palácio do Obá (rei), tem mais de mil comerciantes, que vendem por atacado e varejo e ainda exportam seus produtos. Muitas pessoas de Ilexá são fazendeiras que praticam a horticultura, onde a terra é cultivada pelos homens, enquanto as mulheres se empenham no comércio. Plantam arroz, bananas e uma grande variedade de legumes. Algumas pessoas vão trabalhar fora da cidade durante um período de tempo ou até se aposentarem, e ao retornam investem em pequenas fazendas, tais como: viveiros de peixes, produção de frutas cítricas, produção de mel em pequena escala e outros empreendimentos econômicos baseados em produção de comida.
Há um grupo de pessoas que formaram organizações que enfocam projetos para o desenvolvimento das atividades da comunidade. Existe uma organização regional chamada Grupo de Solidariedade de ilexá, que busca trazer membros de todas as comunidades para planejar, organizar e incentivar o desenvolvimento da região. Eles já publicaram várias idéias de desenvolvimento industrial em Ilexá que deram certo.

SIMPATIA, AXÉS E CHÁS


Simpatias, Axés e Chá , essa é uma pequena amostra dos trabalhos da casa de Pai Serafim de angola, porem aconselhamos vc se consultar gratuitamante com algumas de nossas entidades para poder ter o axé dos nossos ancestrais
Defumação para descarregar casa ou comércio:Comprar mirra, incenso, bejoim, aniz estrelado, breu, alecrim e alfazema; misturar tudo e por num defumador com brasa, defumar dos fundos para frente; despacha nos verdes e bota um copo de água em cima.
Defumação para abrir caminhos:Misturar num recipiente três colheres de açúcar, três colheres de pó de café, três colheres de canela moída e sete folhas de louro seco; defumar a casa da frente para os fundos fazendo pedidos, é bom fazer a defumação para descarregar a noite e no outro dia pela manhã ao nascer do sol fazer esta para chamar dinheiro, freguesia e tudo que é bom.
Banho para descarregar o corpo:Colher pela manhã: levante, manjericão, alecrim, guaco, malva cheirosa, espada de são Jorge, espada de santa Catarina, orô, oito folhas de ameixa, um punhado de folhas de pitangueira, gervão, sete ramos de arruda, guiné, oito folhas de boldo, folhas de alfazema; por numa panela grande e bota a ferver por quatorze minutos, apague o fogo e deixe ficar em temperatura boa para banho, ponha o líquido sem as folhas num balde, entre dentro de uma bacia, vá despejando o conteúdo do balde por cima do corpo com uma caneca, faça os pedidos para os bons guias retirarem todos os males que tem em vosso caminho etc.., peça para alguém largar esta água de banho nuns verdes ou água corrente, por favor não vá por o banho no ralo do banheiro; você pode pegar este mesmo preparado e lavar a casa dos fundos para frente para descarregar, em vez de ferver, as ervas também podem ser maceradas, piladas, com água, o efeito é melhor ainda. Caso você não tenha como colher estas ervas podem ser compradas nos mercados ou ervanárias.
Banho para atrair bons fluídos:Misture dinheiro em penca, folhas de dólar, folhas de malva cheirosa, folhas de laranjeira, folhas de elevante, folhas de manjericão, folhas de fortuna, macere estas ervas com água e coe, misture um pouco de água quente para dar temperatura de banho, ponha num balde entre dentro de uma bacia e vá despejando o banho por cima do corpo (nunca ponha nenhum tipo de banho na cabeça), despeje o conteúdo da bacia dentro do quintal. Se quiser lavar a casa com esta receita é bom lavar da frente para os fundos e despeje o resto no fundo do quintal; como é um banho para atrair bons fluidos não deve ser despachado do lado de fora do pátio, caso você more em apartamento deixe um vaso grande com folhagens numa área onde possa colocar estes banhos.
Banho para o amor:Cozinhar um quarto de quilo de canjica amarela com bastante água, após cozida, coar e por o líquido a ferver com folhas de pitangueira por mais dezesseis minutos; após, acrescente dezesseis gotas de perfume de seu gosto, uma rosa branca, uma vermelha e uma amarela, todas despetaladas, tome um banho do pescoço para baixo. Ponha a canjica que sobrou numa bandeja com papel amarelo leve numa pracinha ponha de baixo de uma árvore e despejar o resto do banho em volta da bandeja fazendo pedidos, se puder deixe um vela branca acesa. Este banho é bom fazer antes de sair para festas ou lugares que você quer chamar atenção, pro amor faça antes de receber o companheiro(a).
Xarope para fortificar:Um vidro de Biotônico Fontoura, seis ovos de codorna, meia lata de leite condensado, por no liquidificador e bater bem, por na geladeira, tomar um cálice antes das principais refeições.
Simpatia contra olho grande:Pegue um copo grande e ponha mel até o meio, aí quebre um ovo e ponha dentro do copo e termine de encher de mel, deixe em lugar bem visível; de oito em oito dias despeje o conteúdo do copo em água corrente, (pode ser até na pia e deixe correr bastante água).
Para nunca faltar dinheiro:Consiga um imã de tamanho médio, um prato oval, lentilha crua, dezesseis moedas corrente; ponha a lentilha no prato (crua), coloque o imã bem no centro do prato em cima da lentilha, deixe oito moedas grudadas no imã e as outras em volta sem encostar no imã, ele ficará atraindo o dinheiro, ponha num lugar onde ninguém veja, é bom por na primeira peça da casa, logo na entrada; se for comércio deixe perto de onde guarda o dinheiro.
Para atrair clientes:Pegue uma taça de champanhe, vá até o portão (ou entrada principal), despeje a champanhe dos dois lados da entrada, acenda um cigarro de filtro branco, longo, dê três pitadas, baforando a fumaça para o lado de fora; coloque o cigarro num cantinho da entrada e deixe queimar até o fim; esta simpatia serve para chamar clientes em salão de beleza, casas de religião, boates e tudo que requer movimento.
Para adoçar alguém:Uma maçã, mel puro, algodão, uma lata com tampa. Tire o tampo da maça e fazer um oco; escreva oito vezes o nome da pessoa e o seu por cima, corte as pontas do papel, passe mel nos nomes, dobre e coloque dentro da maçã, encha a maçã com mel, tampe a maçã e envolva em algodão, pedindo o que quer; ponha a maçã dentro da lata e tampe a lata, acenda uma vela branca em cima. (obs. Nunca saia de casa quando acender velas, se precisar sair peça licença e apague a vela, guando chegar acenda novamente).
Para ter sorte em provas e concursos:Seis bananas sta. Catarina ou banana da terra, abra a banana com a faca até o meio ( com casca e tudo) ponha mel dentro, ponha em circulo numa bandeja, leve estas bananas e deixe em cima de uma pedra grande , acenda uma vela branca, e faça os pedidos para Xangô; guando tudo der certo vá na mesma pedra e ofereça doze bananas e seis velas em agradecimento.
Para ter movimento em comércio:Pegue sete balas de mel e sete moedas corrente, vá na encruzilhada mais próxima de seu estabelecimento, segure as balas e as moedas com a mão direita bem perto da boca e faça os pedidos para o bará, após atire para o alto para cair no meio do cruzeiro, saia de costas, é bom fazer pela manhã ao nascer do sol em lua que não seja minguante.
Para quem tem mal dormir:Pegue duas espadas de São Jorge e cruze em baixo do colchão do lado em que dorme, deixe sempre um copo de água doce do lado da cabeceira da cama e todos os dias despeje esta água numa planta que esteja em faze de crescimento, se for criança as espadas devem ser pequenas e na água vai açúcar e mel.
Simpatia para bronquite e asma:Compre um coco de casca marrom, tire a água, encha de mel e enterre para o lado que baixa o sol; deixe enterrado por nove dias. No nono dia desenterre e deixe na geladeira, dê uma colher de café para pessoa tomar pela manhã e a noite, guando terminar o mel (tem que ser mel puro), leve o coco e atire dentro de um rio pedindo que assim como a água leva tudo que leve a asma, a bronquite do(a) fulano(a); é bom a pessoa comer o mel sem saber que é simpatia.
Xarope para sistema nervoso:ferver um litro de água, um punhado de folhas de alfafa, cidró, alecrim, melissa, guaco, maracujá, laranjeira, hortelã, funcho, araçá e alface, com açúcar mascavo ou cristal, até ficar em ponto de xarope. Tomar 2 ou 3 colheres ao dia.
Ungüento para combater infecções:Colocar em vidro de boca larga, folhas das seguintes plantas, lavadas e machucadas: 2 folhas de malva, 1 folha de confrei, 2 de guaco, 2 de salsaparrilha, 1 de maracujá, 2 de araçá, 2 de sálvia, 2 de alface, 2 de tansagem, um punhado de pétalas de rosas branca, 1 pedaço de cardamomo e 3 caroços de pêssego. Encher o vidro com azeite de cozinha, fechá-lo e colocá-lo ao sol. Após 5 dias, mexer bem, depois tomar uma colher por dia. Este ungüento é usado, também, para curar feridas e para problema de pele.
Pomada para rachaduras:Fritar, até torrar bem, 1 xícara de sebo e um punhado de salsa. Coar. Passar 1 ou 2 vezes ao dia. Melhor após o banho da noite.
Pomada para micose, sarna, unheiro, unhas encravadas:Fritar 14 folhas de espirradeira em uma concha de banha ou outra gordura limpa, em panela tampada e a fogo brando, até não frigir mais. Coar e guardar longe do alcance das crianças. Não se deve aspirar o vapor, ao abrir a panela. A pomada serve, também, para as feridas crônicas, mal curadas.
Vômitos, má digestão e diarréia:1 copo de água fria, não bem cheio, 1 colher de suco de limão, 1 colher de farinha de trigo, 1 colher de açúcar cristal. Misturar e passar de um copo para outro, até formar bastante espuma, enchendo o copo. Tomar tudo de uma só vez e repetir, se necessário.
Verrugas:Aplicar na verruga leite de figueira ou de coroa de cristo. Cuidar para não atingir os olhos. Ou torrar a casca de uma banana e colocá-la, com a parte branca sobre a verruga e prender bem. A banana pode estar verde ou madura, este remédio também serve para calos.
Tosse Alérgica:Marmelo (fruta); colocar um marmelo num litro de água. Cozinhar e esmagá-lo com um garfo ou socador e recolocá-lo para ferver, com duas xícaras de açúcar. Tomar 1 colherinha três vezes ao dia.
Asma, Bronquite, Tosse:Figo da índia, também chamado de tuna, cáctus: Cortar em fatias uma palma (folha) e colocar as fatias em camadas, com um quilo de açúcar, numa vasilia (não de alumínio). Deixar assim toda noite. De manhã, levar ao forno, até ficar em ponto de mel. Coar. Tomar uma colher, 3 vezes por dia, durante quinze dias.Crem: Ferver, durante 10 minutos, um punhado de folhas de crem com meio quilo de mel ou de açúcar. Tomar uma colher, 3 vezes ao dia.Mil em ramas: ferver durante 2 minutos, uma folha em uma xícara de água. Tomar quando necessário.Nabo: Cortar um nabo em rodelas e colocar em panela (não de alumínio), com uma xícara de açúcar. Deixar em repouso, durante uma noite. De manhã por no fogo, até ficar cor de mel. Esmagar as partes inteiras. Coar. Tomar uma colher, três vezes por dia, durante 15 dias.
Bronquite:Bananeira:Tomar um pé de bananeira, de 30 a 60 cm, com raiz, cortar em rodelas e colocar em camadas numa vasilia (não de alunímio), com um quilo de açúcar. Deixar uma noite de repouso. De manhã, cozinhar, até o ponto de mel. Coar. Deitar no bagaço que ainda resta, açúcar e meio litro de água e ferver durante 15 minutos. Guardar em geladeira. Se fermentar, ferver de novo. Tomar uma colher 4 vezes ao dia.Aipo ou salsão: ferver durante 15 minutos, 1 pé com raiz e tudo em 1 litro de água e meio quilo de açúcar. Tomar uma colher 3 vezes ao dia.
Reumatismo no sangue:Carrapicho (bardana): pegar um punhado de 200 gr de carrapicho ou semente de bardana, parti-las ao meio e colocar num vidro de boca larga, com xícara de mel. Encher o litro com um vinho suave. Deixar em repouso, por 4 dias, coar, tomar 1 colher 4 vezes ao dia. Fazer uma pausa de 10 dias e repetir a dose. Se não houver cura repetir a receita novamente.Limeira: Preparar um chá, com 10 cm de raiz de limeira, por um litro de água. Tomar uma xícara, 3 vezes ao dia.
Dor de Cabeça:Cravo da índia: colocar dentro de 3 xícaras de água fria 3 cravos, bem esmagados, durante 15 minutos. Depois tomar.Corticeira: ferver, durante 2 minutos, uma folha ou um pedacinho da casca da corticeira em uma xícara de água. Tomar, podendo adoçar com mel.Batata inglesa: Cortar em rodelas, 1 batata inglesa e pôr uma pitada de sal. Colocar na testaCafé, limão ou laranja: Tomar aos goles, 1 xícara de café preto, quente, adoçado, misturado com uma colher de suco de limão ou de laranja.
Cólicas:Manjerona, poejo - ferver, durante 3 minutos, em 2 xícaras de água um galhinho de manjerona ou poejo, tomar frio em um dia.
Cólicas menstruais:Louro: ferver durante 3 minutos, 1 folha de louro em 1 xícara de água. Tomar de uma só vez.Funcho: Colocar um punhado de funcho machucado em álcool de farmácia 96, após 1 hora tomar 10 gotas, em meio copo d'água.
Cólicas de nenês:Extrair o suco das folhas de manjerona e com o mesmo esfregar a barriguinha da criança, massageando suavemente.
Diabete:Sabugueiro: ferver durante 3 minutos uma folha em 1 xícara de água. Tomar uma xícara por dia durante 90 dias.Abacateiro: ralar o caroço de 1 abacate, colocar em um vidro com o suco de 9 limões. Deixar na geladeira durante 9 dias. Coar. Tomar 1 colherinha por dia.Carambola (fruta): Chupar em jejum 1 fruta de carambola por dia. Cuidado ela faz baixar a glicose em pouco tempo.Carambola (folhas): ferver 2 folhas em uma xícara de água, durante 3 minutos. Tomar uma ou mais xícaras por dia, conforme se acertar com a glicose.Jambolão: Ferver uma folha em uma xícara e água. Tomar uma xícara por dia.Nogueira: ferver, durante 3 minutos, 1 folha por xícara de água. Esta chá liquida com a diabete, purificando o sangue.
Abcesso ou Tumor:Cebola branca: Cozinhar uma cebola e colocá-la, cortada em rodelas, sobre o furúnculo ou abcesso.Língua de Vaca: lavar bem, uma folha de língua de vaca, secá-la, esmagar nas nervuras, com uma garrafa, aquece-la no fogão, passar um pouco de banha e colocá-la sobre o furúnculo.Babosa: (cataplasma) Pegar uma folha de babosa, tirar os espinhos e esmagá-la bem. Juntar uma colher de mel e uma colher de farinha de trigo. Colocar esta mistura sobre o abcesso ou furúnculo.
Ácido Úrico:Couve: machucar uma folha e ferver, durante 2 minutos, em 3 xícaras de água. Tomar 1 xícara, 3 vezes ao dia.Cipó-cabeludo: ferver um pedaço de 15 centimetros, durante 7 minutos, em 3 xícaras de água. Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia.Alho: Esmagar os dentes de uma cabeça de alho. Colocar no álcool. Expor o vidro aos raios de sol, durante 15 dias, sacudindo o vidro, todos os dias. Tomar, em meio copo de água, 5 gotas por dia.
Adenóides:Limão: espremer um limão médio num copo. Colocar uma colherinha de sal. Diluir e pingar uma gota por dia, em cada narina. Molhar o algodão com esta mistura e fazer massagens nos lados das narinas.Própolis: Passar essência de própolis, pingar e massagear, por fora das narinas.
Afecções do baço:Alfazema: Aplicar catlapasma quente. Cozinhar uma planta (caule e folhas) e aplicar sobre a região do baço.Chá de Alfazema: Preparar o chá, com 2 folhas de alfazema, por xícara de água. Tomar 1 xícara, 4 vezes ao dia.
Alcoolismo:Maracujá: Colocar 3 folhas e 3 flores ou 3 frutos dentro de uma garrafa de cachaça, durante 7 dias. Tomar uma colher pela manhã e uma à tarde.Couve: Colocar 3 talos de couve, durante 7 dias, dentro de uma garrafa de cachaça. Tomar uma colher de manhã e uma à tarde.Pimentão verde: Colocar um pimentão verde, dentro de uma garrafa de cachaça, durante 7 dias, tomar uma colher de manhã e uma à tarde.Cancerosa: Colocar 10 folhas dentro de uma garrafa de cachaça, durante 7 dias. Tomar uma colher de manhã e uma à tarde.Guiné: Colocar 3 raízes dentro de uma garrafa de cachaça, durante 7 dias. Tomar uma colher pela manhã e uma à tarde.Café e Sal (para passar a bebedeira): Tomar 1 xícara de café forte com sal.
Anemia e Fraqueza:Beterraba: Uma beterraba com casa, cortada em rodelas, colocadas em camadas numa vasilia (não de alumínio) , com meia xícara de açúcar, deixar em repouso, durante 3 horas, tomar 3 vezes ao dia: adultos, 1 colher e crianças, 1 colherinha.Ferro: Pôr um pedaço de ferro, de 4 centimetros, e sem outras misturas, dentro de um vidro de 800 gramas, de melado de cana ou rapadura e encher o vidro com vinho. Deixá-lo exposto aos raios do sol, durante 7 dias. Tomar 1 colher por dia.Melado: Tomar uma colher de melado 3 vezes ao dia.Mocotó: ferver uma pata de rês, sem casco, até desmanchar. Colocar sal, retirar toda a gordura e comer, uma vez por semana, todas as nervuras, tomando um copo do caldo que restou. Isto reconstitui o cálcio do organismo alivia o cansaço da cabeça.Cenoura ralada: Tomar um copo de cenoura ralada, com leite ou com vinho, ou melado, pela manhã.Espinafre: Bater no liquidificador, um punhado de cerca de 200 gramas de espinafre. Adoçar com mel e colocar suco de limão. Tomar uma colher 2 vezes ao dia.
Angina do Peito, Dores do Coração, Angústia:Aspargo: ferver durante 5 minutos, uma raiz de aspargo ou raminho, em 1 xícara de água. Tomar 1 vez por dia.Pêssego: ferver, durante 10 minutos, 1 caroço de pêssego, em 3 xícaras de água. Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia.Jasmim: Ferver, durante 10 minutos, 3 folhas de jasmim, em 3 xícaras de água. Tomar 1 xícara, 3 vezes ao dia.
Palpitações:Mel: Tomar uma colher de mel puro, todos os dias.Alface: fazer uma chá com uma folha de alface, para uma xícara de água. Colocar a folha na xícara e sobre a mesma água fervente. Tampar e deixar em infusão, durante 5 minutos. Tomar uma xícara, 3 vezes ao dia. Este chá serve também para nevralgias, cólicas intestinais e reumatismos.
Artrite (reumatismo deformante):Bardana: Pegar 4 ou 5 folhas de bardana e colocá-las uma em cima da outra, cobri-las com um pano e passar ferro quente. Colocar as folhas aquecidas sobre a parte dolorida.
Câimbras:Mel: Tomar 2 colheres de mel, à noite, antes de deitar.Laranja e Mel: Colocar 1 xícara de mel em 1 litro e terminar de enchê-lo com suco de laranja. Agitar bem. Tomar tudo, durante 1 dia.Banana: Comer 2 bananas , ao deitar.
Reumatismo no Sangue:Carrapicho (bardana): Pegar um punhado de 200 gramas de carrapicho ou semente de bardana, parti-las ao meio e colocá-las num vidro de boca larga, com 1 xícara de , mel. Encher o vidro com um vinho suave. Deixar em repouso por 4 dias . Coar. Tomar 1 colher, 4 vezes ao dia. Fazer uma pausa de 10 dias e repetir a dose. Se não houver cura repetir a receita novamente.Limeira: preparar um chá, com 10 cm de raiz de limeira, por 1 litro de água. Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia.
Ataques Epiléticos:Pente de macaco: para chá, pode-se usar toda a planta. Pegar um punhado de 200 gramas de folhas, por litro, ou um pedaço de 4 cm de cipó, por litro. Tomar uma xícara de chá, 2 vezes ao dia.Essência de cipó de pente de macaco: apanhar 3 punhados de folhas de cipó de pente de macaco, por litro de álcool ou 9 pedaços de cipó , de 4 cm. Colocar as folhas ou cipó num vidro de um litro e encher com cachaça ou álcool de farmácia. Deixar em infusão, durante 4 dias. Tomar com água , 4 vezes ao dia, conforme segue: de 0 a 1 ano de idade, 3 gotas; de 2 a 4 anos, 4 gotas; de 5 a 8 anos 5 gotas; de 9 a 11 anos, 8 gotas; de 15 anos em diante, 10 a 15 gotas.
Cançaso nas pernas (pernas inchadas):Sal e água: com água morna e sal grosso, fazer uma salmoura e lavaras pernas,deixando-as de molho por 15 minutos.Laranjeira e sal: ferver, durante 5 minutos, um bom punhado de folhas de laranjeira, em 3 litros de água e 1 punhado de sal. Depois lavar as pernas, deixando-as de molho por uns 15 minutos.Aveia ou lentilha: cozinhar em 3 litros de água, um punhado de sementes de aveia ou lentilha, com um punhado de sal. Depois lavar as pernas, deixando-as de molho por 15 minutos.Pão molhado: pôr os pés em cima de 2 fatias de pão molhado em água.Vinho, cravo da índia, noz-moscada, erva doce e açúcar: ferver até o ponto de xarope (uns 20 minutos), 1 garrafa de vinho, 1 colher de cravo da índia, meia colherinha de noz-moscada moída, 1 colher de canela em casca, 1 colher de erva doce ou funcho moído e meio quilo de açúcar. Coar, tomar uma colher 3 vezes ao dia, crianças uma colherinha, 3 vezes ao dia.
Cobreiro:Alho: Esmagar folhas ou dentes de alho e misturar com azeite. Passar no local afetado, 1 ou 2 vezes ao dia.
Coluna - para dor e reumatismo:Composto de Ervas: Colocar em um vidro um punhado de 100 gramas de angico, 50 gr de corticeira, de preferência verdes, 100 gr de mil em ramas, 1 folha de chapéu de couro, 3 folhas de Maria mole, 1 galho de folhas de beladona (virados para baixo, geralmente, com 3 lírios, no final da haste, rosa ou amarelo) e algumas sementes de girassol. Machucar bem as folhas. Encher o vidro com azeite de milho ou de arroz ou de oliva. É anti-inflamatório e anestésico, mas , somente para uso externo.Cloreto de Magnésio: 10 gramas para cada 3 litros de água fervida e fria. Tomar 4 colheres, ou 50 ml , 2 vezes ao dia.Fazer escalda-pés, com água morna, durante 30 minutos. Isto alivia a dor da coluna. Esfriando a água colocar mais água quente.Corticeira: ferver durante 15 minutos, 3 pedaços médios de casca de corticeira, em 1 litro de água. Tomar 1 xícara, 3 vezes ao dia.Corticeira, raiz de funcho, folhas de avenca: ferver 4 pedacinhos de casca de corticeira, 1 raiz de funcho e varias folhas de avenca, em 1 litro de água. Tomar 1 xícara, 2 vezes ao dia.
Doença da Gota (inflamação nas juntas e tornozelos):Manteiga e vinho: Aquecer 1 xícara de manteiga sem sal. Juntar 1 xícara de vinho. Ferver durante 10 minutos. Deixar esfriare depois, passar no local dolorido, massageando levemente.Óleo de capivara: Misturar álcool canforado com óleo de capivara. Passar no local dolorido, esfregando-o levemente.Chapéu de couro: Colocar 3 folhas em 1 litro de cachaça. Deixar em infusão durante 15 dias. Tomar uma colher de manhã e a noite, em meio copo de água. Ou ferver um pedacinho da folha durante 5 minutos, em 1 xícara de água. Tomar 1 xícara de manhã e 1 a tarde.Samambaia: ferver um punhado de folhas de samambaia em água e sal. Ensopar uma toalha e colocar no local dolorido, enrolando, por cima, outra toalha seca. Fazer isto em dias alternados, 1 sim e o outro não.
Enxaqueca:Pétalas de rosa: ferver durante 2 minutos, 4 pétalas de rosa, de preferência branca, em 1 xícara de água. Tomar 2 xícaras por dia ou quando for necessário.Cebola e Açúcar: Caramelar 1 xícara de açúcar. Juntar uma cebola ralada, 4 colheres de água. Cozinhar durante 5 minutos. Tomar 1 colher, 3 vezes ao dia.Casca de Laranja: Mastigar, durante o dia, casca de laranja, por 6 dias seguidos.Ovo e Pimenta: Aquecer 1 ovo, durante 3 minutos; quebrar-lhe a ponta e juntar 3 grãos de pimenta bem moída. Tomar de uma só vez.Café e Limão: 1 xícara de café preto, bem quente, adoçado. Juntar uma colher de suco de limão ou de laranja. Tomar em goles. Repetir se for necessário .Semente de aveia: Dormir com travesseiro de sementes de aveia.
Orientações Gerais:
1) - Quando recolher as plantas ou ervas?Para secar e guardar, as ervas devem ser colhidas, a partir das 9 horas da manhã, para não ficarem úmidas com o orvalho.Deixá-las secar bem, guardar em vidros bem fechados e rotulá-las, indicando o que contêm, para que servem e como usá-las.
2) - Que folhas juntar?Escolher sempre as folhas mais "velhas". Não usar folhas com bolor ou com aparência duvidosa.
3) - Como proceder?Recolher as ervas e cobrí-las, para secar, em lugar bem limpo e ventilado, na sombra, pode ser sobre uma mesa.
4) - Como preparar o chá?Somente algumas plantas são fervidas, as que tem folhas secas e caules duro. O tempo de fervura varia de 5 a 30 minutos. As folhas macias, finas e verdes não devem ser fervidas. Coloca-se água fervente sobre elas, tampa-se e deixa-se em descanso por 15 minutos. Depois o chá pode ser tomado, conforme a receita.

domingo, 30 de novembro de 2008

oxum


Nome de um rio em Oxogbô, região da Nigéria, em Ijexá. É ele considerado a morada mítica da Orixá. Apesar de ser comum a associação entre rios e Orixás femininos da mitologia africana, Oxum é destacada como a dona da água doce e, por extensão, de todos os rios. Portanto seu elemento é a água em discreto movimento nos rios, a água semiparada das lagoas não pantanosas, pois as predominantemente lodosas são destinadas à Nanã e, principalmente as cachoeiras são de Oxum, onde costumam ser-lhe entregues as comidas rituais votivas e presentes de seus filhos-de-santo.
Oxum domina os rios e as cachoeiras, imagens cristalinas de sua influência: atrás de uma superfície aparentemente calma podem existir fortes correntes e cavernas profundas.
Oxum é conhecida por sua delicadeza. As lendas adornam-na com ricas vestes e objetos de uso pessoal Orixá feminino, onde sua imagem é quase sempre associada a maternidade, sendo comum ser invocada com a expressão “Mamãe Oxum”. Gosta de usar colares, jóias, tudo relacionado à vaidade, perfumes, etc.
Filha predileta de Oxalá e Yemanjá. Nos mitos, ela foi casada com Oxossi, a quem engana, com Xangô, com ogum, de quem sofria maus tratos e xangô a salva.
Seduz Obaluaiê, que fica perdidamente apaixonado, obtendo dele, assim, que afaste a peste do reino de Xangô. Mas Oxum é considerada unanimente como uma das esposas de xangô e rival de Iansã e Obá.
Segunda mulher de Xangô, deusa do ouro (na África seu metal era o cobre), riqueza e do amor, foi rainha em Oyó, sendo a sua preferida pela jovialidade e beleza.
À Oxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem. A maternidade é sua grande força, tanto que quando uma mulher tem dificuldade para engravidar, é à Oxum que se pede ajuda. Oxum é essencialmente o Orixá das mulheres, preside a menstruação, a gravidez e o parto.
Desempenha importante função nos ritos de iniciação, que são a gestação e o nascimento. Orixá da maternidade, ama as crianças, protege a vida e tem funções de cura.
Oxum mostrou que a menstruação, em vez de constituir motivo de vergonha e de inferioridade nas mulheres, pelo contrário proclama a realidade do poder feminino, a possibilidade de gerar filhos.
Fecundidade e fertilidade são por extensão, abundância e fartura e num sentido mais amplo, a fertilidade irá atuar no campo das idéias, despertando a criatividade do ser humano, que possibilitará o seu desenvolvimento. Oxum é o orixá da riqueza - dona do ouro, fruto das entranhas da terra. É alegre, risonha, cheia de dengos, inteligente, mulher-menina que brinca de boneca, e mulher-sábia, generosa e compassiva, nunca se enfurecendo. Elegante, cheia de jóias, é a rainha que nada recusa, tudo dá. Tem o título de iyalodê entre os povos iorubá: aquela que comanda as mulheres na cidade, arbitra litígios e é responsável pela boa ordem na feira.
Oxum tem a ela ligado o conceito de fertilidade, e é a ela que se dirigem as mulheres que querem engravidar, sendo sua a responsabilidade de zelar tanto pelos fetos em gestação até o momento do parto, onde Iemanjá ampara a cabeça da criança e a entrega aos seus Pais e Mães de cabeça. Oxum continua ainda zelando pelas crianças recém-nascidas, até que estas aprendam a falar.
É o orixá do amor, Oxum é doçura sedutora. Todos querem obter seus favores, provar do seu mel, seu encanto e para tanto lhe agradam oferecendo perfumes e belos artefatos, tudo para satisfazer sua vaidade. Na mitologia dos orixás ela se apresenta com características específicas, que a tornam bastante popular nos cultos de origem negra e também nas manifestações artísticas sobre essa religiosidade. O orixá da beleza usa toda sua astúcia e charme extraordinário para conquistar os prazeres da vida e realizar proezas diversas. Amante da fortuna, do esplendor e do poder, Oxum não mede esforços para alcançar seus objetivos, ainda que através de atos extremos contra quem está em seu caminho. Ela lança mão de seu dom sedutor para satisfazer a ambição de ser a mais rica e a mais reverenciada. Seu maior desejo, no entanto é ser amada, o que a faz correr grandes riscos, assumindo tarefas difíceis pelo bem da coletividade. Em suas aventuras, este orixá é tanto uma brava guerreira, pronta para qualquer confronto, como a frágil e sensual ninfa amorosa. Determinação, malícia para ludibriar os inimigos, ternura para com seus queridos, Oxum é, sobretudo a deusa do amor.
O Orixá amante ataca as concorrentes, para que não roubem sua cena, pois ela deve ser a única capaz de centralizar as atenções. Na arte da sedução não pode haver ninguém superior a Oxum. No entanto ela se entrega por completo quando perdidamente apaixonada afinal o romantismo é outra marca sua. Da África tribal à sociedade urbana brasileira, a musa que dança nos terreiros de espelho em punho para refletir sua beleza estonteante é tão amada quanto à divina mãe que concede a valiosa fertilidade e se doa por seus filhos. Por todos seus atributos a belíssima Oxum não poderia ser menos admirada e amada, não por acaso a cor dela é o reluzente amarelo ouro, pois como cantou Caetano Veloso, “gente é pra brilhar”, mas Oxum é o próprio brilho em orixá.
A face de Oxum é esperada ansiosamente por sua mãe, que para engravidar leva ebó (oferenda) ao rio. E tal desespero não é o de Iemanjá ao ver sua filhinha sangrar logo após nascer. Para curá-la a mãe mobiliza Ogum, que recorre ao curandeiro Ossãe, afinal a primeira e tão querida filha de Iemanjá não podia morrer. Filha mimada, Oxum é guardada por Orumilá, que a cria.
Nanã é a matriarca velha, ranzinza, avó que já teve o poder sobre a família e o perdeu, sentindo-se relegada a um segundo plano. Iemanjá é a mulher adulta e madura, na sua plenitude. É a mãe das lendas – mas nelas, seus filhos são sempre adultos. Apesar de não ter a idade de Oxalá (sendo a segunda esposa do Orixá da criação, e a primeira é a idosa Nanã), não é jovem. É a que tenta manter o clã unido, a que arbitra desavenças entre personalidades contrastantes, é a que chora, pois os filhos adultos já saem debaixo de sua asa e correm os mundos, afastando-se da unidade familiar básica.
Para Oxum, então, foi reservado o posto da jovem mãe, da mulher que ainda tem algo de adolescente, coquete, maliciosa, ao mesmo tempo em que é cheia de paixão e busca objetivamente o prazer. Sua responsabilidade em ser mãe se restringe às crianças e bebês.Começa antes, até, na própria fecundação, na gênese do novo ser, mas não no seu desenvolvimento como adulto. Oxum também tem como um de seus domínios, a atividade sexual e a sensualidade em si, sendo considerada pelas lendas uma das figuras físicas mais belas do panteão místico Iorubano.
Sua busca de prazer implica sexo e também ausência de conflitos abertos – é dos poucos Orixás Iorubas que absolutamente não gosta da guerra.
Tudo que sai da boca dos filhos da Oxum deve ser levado em conta, pois eles têm o poder da palavra, ensinando feitiços ou revelando presságios.
Desempenha importante papel no jogo de búzios, pois à ela quem formula as perguntas que Exú responde.
No Candomblé, quando Oxum dança traz na mão uma espada e um espelho, revelando-se em sua condição de guerreira da sedução. Ela se banha no rio, penteia seus cabelos, põe suas jóias e pulseiras, tudo isso num movimento lânguido e provocante.
CARACTERÍSTICAS
Cor
Azul (Em algumas casas: Amarelo)
Fio de Contas
Cristal azul. (Em algumas casas: Amarelo)
Ervas
Colônia, Macaçá, Oriri, Santa Luzia, Oripepê, Pingo D’água, Agrião, Dinheiro em Penca, Manjericão Branco, Calêndula,Narciso; Vassourinha, Erva de Santa Luzia, e Jasmim (Estas últimas três não servem para banhos) (Em algumas casas: Erva Cidreira, Gengibre, Camomila, Arnica, Trevo Azedo ou grande, Chuva de Ouro, Manjericona, Erva Sta. Maria).
Símbolo
Coração ou cachoeira
Pontos da Natureza
Cachoeira e rios (calmos)
Flores
Lírio, rosa amarela.
Essências
Lírio, rosa.
Pedras
Topázio (amarelo e azul).
Metal
Ouro
Saúde
Órgãos reprodutores (femininos), coração.
Planeta
Vênus (Lua)
Dia da Semana
Sábado
Elemento
Água
Chakra
Umbilical (Frontal)
Saudação
Ai-ie-iô (ou Ora Ieiêô)
Bebida
Champanhe
Animais
Pomba Rola.
Comidas
Omolocum. Ipeté. Quindim (Em algumas casas: banana frita, moqueca de peixe e pirão feito com a cabeça do peixe)
Numero
5
Data Comemorativa
8 de dezembro
Sincretismo:
Nossa Senhora Da Conceição, Nossa Senhora Da Aparecida, Nossa Senhora Da Fátima, Nossa Senhora Da Lourdes, Nossa Senhora Das Cabeças, Nossa Senhora De Nazaré.
Incompatibilidades:
abacaxi, barata
Qualidades:
Apará, Ijimum, Iápondá, Ifé, Abalu, Jumu, Oxogbo, Ajagura, Yeye Oga, Yeye Petu, Yeye Kare, Yeye Oke, Yeye Oloko, Yeye Merin, Yeye Àyálá, Yeye Lokun, Yeye Odo
ATRIBUIÇÕES
Ela estimula a união matrimonial, e favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material. Atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.
As CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXUM
Os filhos de Oxum amam espelhos, jóias caras, ouro, são impecáveis no trajar e não se exibem publicamente sem primeiro cuidar da vestimenta, do cabelo e, as mulheres, da pintura.As pessoas de Oxum são vaidosas, elegantes, sensuais, adoram perfumes, jóias caras, roupas bonitas, tudo que se relaciona com a beleza.
Talvez ninguém tenha sido tão feliz para definir a filha de Oxum como o pesquisador da religião africana, o francês Pierre Verger, que escreveu: “o arquétipo de Oxum é das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolo do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que as de Iansã. Elas evitam chocar a opinião publica, á qual dão muita importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social”.
Os filhos de Oxum são mais discretos, pois, assim com apreciam o destaque social, temem os escândalos ou qualquer coisa que possa denegrir a imagem de inofensivos, bondosos, que constroem cautelosamente. A imagem doce, que esconde uma determinação forte e uma ambição bastante marcante.
Os filhos de Oxum têm tendência para engordar; gostam da vida social, das festas e dos prazeres em geral. Gostam de chamar a atenção do sexo oposto.
O sexo é importante para os filhos de Oxum. Eles tendem a ter uma vida sExúal intensa e significativa, mas diferente dos filhos de Iansã ou Ogum. Representam sempre o tipo que atrai e que é, sempre perseguido pelo sexo oposto. Aprecia o luxo e o conforto, é vaidoso, elegante, sensual e gosta de mudanças, podendo ser infiel. Despertam ciúmes nas mulheres e se envolvem em intrigas.
Na verdade os filhos de Oxum são narcisistas demais para gostarem muito de alguém que não eles próprios, mas sua facilidade para a doçura, sensualidade e carinho pode fazer com que pareçam os seres mais apaixonados e dedicados do mundo. São boas donas de casa e companheiras.
São muito sensíveis a qualquer emoção, calmos, tranqüilos, emotivos, normalmente têm uma facilidade muito grande para o choro.
O arquétipo psicológico associado a Oxum se aproxima da imagem que se tem de um rio, das águas que são seu elemento; aparência da calma que pode esconder correntes, buracos no fundo, grutas tudo que não é nem reto nem direto, mas pouco claro em termos de forma, cheio de meandros.
Faz parte do tipo, uma certa preguiça coquete, uma ironia persistente, porém discreta e, na aparência, apenas inconseqüente. Pode vir a ser interesseiro e indeciso, mas seu maior defeito é o ciúme. Um dos defeitos mais comuns associados à superficialidade de Oxum é compreensível como manifestação mais profunda: seus filhos tendem a ser fofoqueiros, mas não pelo mero prazer de falar e contar os segredos dos outros, mas porque essa é a única maneira de terem informações em troca.
É muito desconfiado e possuidor de grande intuição que muitas vezes é posta à serviço da astúcia, conseguindo tudo que quer com imaginação e intriga. Os filhos de Oxum preferem contornar habilmente um obstáculo a enfrentá-lo de frente. Sua atitude lembra o movimento do rio, quando a água contorna uma pedra muito grande que está em seu leito, em vez de chocar-se violentamente contra ela, por isso mesmo, são muito persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando mesmo a ser incrivelmente teimosos e obstinados.
Entretanto, ás vezes, parecem esquecer um objetivo que antes era tão importante, não se importando mais com o mesmo. Na realidade, estará agindo por outros caminhos, utilizando outras estratégias.
Oxum é assim: bateu, levou. Não tolera o que considera injusto e adora uma pirraça. Da beleza à destreza, da fragilidade à força, com toque feminino de bondade
Cozinha ritualística
Omolocum
Feijão fradinho cozido, passado no azeite de dendê com salsa picada e camarão seco também picado ou ralado. Coloca-se em tigela de louça branca, acrescentando de ovos cozidos por cima.
Com canjica branca
Canjica branca cozida em água pura sem sal e feijão fradinho cozido em água pura sem sal. Coloca-se, numa tigela de louça branca, uma camada de canjica, uma camada de feijão fradinho e, por cima, 3 ovos cozidos cortados em rodelas.
LENDAS DE OXUM
Como Oxum Conseguiu Participar Das Reuniões Dos Orixás MasculinosLogo que todos os Orixás chegaram à terra, organizavam reuniões das quais mulheres não podiam participar. Oxum, revoltada por não poder participar das reuniões e das deliberações, resolve mostrar seu poder e sua importância tornando estéreis todas as mulheres, secando as fontes, tornando assim a terra improdutiva. Olorum foi procurado pelos Orixás que lhe explicaram que tudo ia mal na terra, apesar de tudo que faziam e deliberavam nas reuniões. Olorum perguntou a eles se Oxum participava das reuniões, foi quando os Orixás lhe disseram que não. Explicou-lhes então, que sem a presença de Oxum e do seu poder sobre a fecundidade, nada iria dar certo. Os Orixás convidaram Oxum para participar de seus trabalhos e reuniões, e depois de muita insistência, Oxum resolve aceitar. Imediatamente as mulheres tornaram-se fecundas e todos os empreendimentos e projetos obtiveram resultados positivos. Oxum é chamada Iyalodê (Iyáláòde), título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre as mulheres da cidade.
Como Oxum Criou O Candomblé
Foi de Oxum a delicada missão dada por Olorum de religar o orum (o céu) ao aiê (a terra) quando da separação destes pela displicência dos homens. Tamanho foi o aborrecimento dos orixás em não poder mais conviver com os humanos que Oxum veio ao aiê (a terra) prepará-los para receber os deuses em seus corpos. Juntou as mulheres, banhou-as com ervas, raspou e adornou suas cabeças com pena de Ecodidé (um pássaro sagrado), enfeitou seus colos com fios de contas coloridas, seus pulsos com idés (pulseiras), enfim as fez belas e prontas para receberem os orixás. E eles vieram. Dançaram e dançaram ao som dos atabaques e xequerês. Para alegria dos orixás e dos humanos estava inventado o Candomblé.
Oxum É Destemida Diante Das Dificuldades Enfrentadas Pelos Seus
1. Ela usa sua sensualidade para salvar sua comunidade da morte. Dança com seus lenços e o mel, seduzindo Ogum até que ele volte a produzir os instrumentos para a agricultura. Assim a cidade fica livre da fome e miséria.
2. Oxum enfrenta o perigo quando Olorum, Deus supremo, ofendido pela rebeldia dos orixás, prende a chuva no orum (Céu), deixando que a seca e a fome se abatam sobre o aiê (a Terra). Transformada em pavão, Oxum voa até o deus maior levando um ebó, para suplicar ajuda. No caminho ela não hesita em repartir os ingredientes da oferenda com o velho Oxalufã e as crianças que encontra. Mesmo tornando-se abutre pelo calor do sol, que lhe queima, enegrecendo as penas, ela alcança a casa de Olorum. E consegue seu objetivo pela comoção de Olorum.
3. Oxalá tem seu cajado jogado ao mar e a perna ferida por Iansã. Oxum vem para ajudar o velho, curando-o e recuperando seu pertence. Ela é adorada por Oxalá.
4. Com grande compaixão, Oxum intercede junto a Olorum para que ele ressuscite Obaluaiê, em troca do doce mel da bela orixá.
5. E ela garante a vida alheia também ao acolher a princesa Ala, grávida, jogada ao rio por seu pai. Oxum cuida da recém-nascida, a querida Oiá.
A Riqueza De Oxum
Com suas jóias, espelhos e roupas finas, Oxum satisfaz seu gosto pelo luxo. Ambiciosa, ela é capaz de geniais estratagemas para conseguir êxito na vida. Vai à frente da casa de Oxalá e lá começa a fazer escândalo, caluniando-o aos berros, até receber dele a fortuna desejada para então se calar. E assim Oxum torna-se “senhora de tanta riqueza como nenhuma outra Yabá (Orixá feminino) jamais o fora”.
Os Amores De Oxum
Oxum luta para conquistar o amor de Xangô e quando o consegue é capaz de gastar toda sua riqueza para manter seu amado.Ela livra seu querido Oxossi do perigo e entrega-lhe riqueza e poder para que se torne Alaketu, o rei da cidade de Ketu.Oxum provoca disputa acirrada entre dois irmãos por seu amor: Xangô e Ogum, ambos guerreiros famosos e poderosos, o tipo preferido por ela. Xangô é seu marido, mas independente disso, se um dos dois irmãos não a trata bem, o outro se sente no direito de intervir e conquistá-la. Afinal Oxum quer ser amada e todos sabem que ela deve ser tratada como uma rainha, ou seja, com roupas finas, jóias e boa comida, tudo a seu gosto. A beleza é o maior trunfo do orixá do amor. Como esposa de Xangô, ao lado de Obá e Oiá, Oxum é a preferida e está sempre atenta para manter-se a mais amada.
Como Oxum Conseguiu O Segredo Do Jogo De Búzios
Oxum queria saber o segredo do jogo de búzios que pertencia a Exú e este não queria lhe revelar. Oxum foi procurá-lo. Ao chegar perto do reino de Exú, este desconfiado perguntou-lhe o que queria por ali, que ela deveria embora e que ele não a ensinaria nada. Ela então o desafia a descobrir o que tem entre os dedos. Exú se abaixa para ver melhor e ela sopra sobre seus olhos um pó mágico que ao cair nos olhos de Exú o cega e arde muito. Exú gritava de dor e dizia;- Eu não enxergo nada, cadê meus búzios?Oxum fingindo preocupação, respondia:- Búzios? Quantos são eles?- Dezesseis, respondeu Exú, esfregando os olhos.- Ah! Achei um, é grande!- É Okanran, me dê ele.- Achei outro, é menorzinho!- É Eta-Ogundá, passa pra cá…E assim foi até que ela soube todos os segredos do jogo de búzios, Ifá o Orixá da adivinhação, pela coragem e inteligência da Oxum, resolveu-lhe dar também o poder do jogo e dividí-lo com Exú.
Conta-nos outra lenda, que para aprender os segredos e mistérios da arte da adivinhação, Oxum, foi procurar Exú. Exú, muito matreiro, falou à Oxum que lhe ensinaria os segredos da adivinhação, mas para tanto, ficaria Oxum sobre os domínios de Exú durante sete anos, passando, lavando e arrumando a casa do mesmo, em troca ele a ensinaria.E, assim foi feito, durante sete anos Oxum foi aprendendo a arte da adivinhação que Exú lhe ensinará e conseqüentemente, cumprindo seu acordo de ajudar nos afazeres domésticos na casa de Exú. Findando os sete anos, Oxum e Exú, tinham se apegado bastante pela convivência em comum, e Oxum resolveu ficar em companhia desse Orixá. Em um belo dia, Xangô que passava pelas propriedades de Exú, avistou aquela linda donzela que penteava seus lindos cabelos a margem de um rio e de pronto agrado, foi declarar sua grande admiração para com Oxum. Foi-se a tal ponto que Xangô, viu-se completamente apaixonado por aquela linda mulher, e perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em seu lindo castelo na cidade de Oyó. Oxum rejeitou o convite, pois lhe fazia muito bem a companhia de Exú. Xangô então irritado e contrariado, seqüestrou Oxum e levou-a em sua companhia, aprisionando-a na masmorra de seu castelo. Exú, logo de imediato sentiu a falta de sua companheira e saiu a procurar, por todas as regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de convivência. Chegando nas terras de Xangô, Exú foi surpreendido por um canto triste e melancólico que vinha da direção do palácio do Rei de Oyó, da mais alta torre. Lá estava Oxum, triste e a chorar por sua prisão e permanência na cidade do Rei. Exú, esperto e matreiro, procurou a ajuda de Orumilá, que de pronto agrado lhe cedeu uma poção de transformação para Oxum desvencilhar-se dos domínios de Xangô. Exú, através da magia pode fazer chegar as mãos de sua companheira a tal poção. Oxum tomou de um só gole a poção mágica e transformou-se em uma linda pomba dourada, que voou e pode então retornar em companhia de Exú para sua morada.
ORAÇÕES E PRECES
PRECE A OXUM
Oh Mãe Oxum! Senhora dos rios e cascatas. Orixá das águas claras que lavam os males do mundo.Deusa do Amor! Que o canto de sua águas embale meus sentimentos alimentando meu coração com as vibrações de paz e perdão.Senhora do ouro, clareia meus caminhos.
ORA Ê Ê OXUM!
ORAÇÃO À OXUM
Oxum eu te chamo!Não te chamo por causa de morte.Não te chamo por causa da doença de alguém.Te chamo para que tenhamos dinheiro.Te chamo para que tenhamos filhos.Te chamo para que tenhamos saúde.Para que tenhamos uma vida serena.Para que não sejamos vitimados pela ira das águas.
ORAÇÃO A OXUM
Ora ie ieu Oxum,Salve dourada senhoraDa pele de ouro!Benditas são suas águas,e essas mesmas águas lavam meu sere me livram do mal.Oxum, Divina Rainha, bela Orixá,venha a mim,caminhando na Lua Cheia.Traga, mãe, em suas mãos,os lírios do amor e da paz.Torna-me doce, sedutora,suave, como és.Mamãe Oxum, me proteja, Orixá.Faça que o amor sejaconstante em minha vidaQue eu possa amar atudo o que existe.Me proteja contra asmandingas e feitiçarias.Daí a mim o néctar de sua doçurae que eu consiga o que desejoMãe do ouro, da beleza e do amor,Senhora do mais puro Axé,valei-me hoje e sempre.Aie ieu Oxum!
ORAÇÃO PARA OXUM
Dourada é a tua de luz Assim como o ouro que te pertence. Derrama a tua pureza cristalina, Orixá das águas doces. Não permitas que neblina alguma Obscureça o meu desejo mais profundo, Que é conseguir amor mais verdadeiro, Seguro, eterno e duradouro. Estás presente nas cachoeiras, Que são sagradas por si só. Portanto, faze com que se apague Todo sentimento se eu sofrer. Não verterei nenhuma lágrima por aqueles Que não me correspondem no amor. Não sofrerei por ninguém Que, com mentiras, me faltar com o respeito, Porque não permitirás que Frieza, inveja ou ciúmes me traiam. És doce, protetora, Suave e vaidosa, Feminina e sedutora. Ó mãe Oxum! Dá-me o teu axé, Dá-me a tua força, dá-me a alquimia Como o néctar mais sublime, Para eu saber como respeitar e venerar. No mel está o teu segredo, Que eu saberei utilizar.
ORAÇÃO PARA OXUM
Que Oxum me dê serenidade para agir de forma consciente e equilibrada.Tal como suas águas doces – que seguem desbravadoras no curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar – assim seja que eu possa lutar por um objetivo sem arrependimentos.
Ora Ye Yêo Oxum!!!!
ORAÇÃO A OXUM
Senhora das cachoeira.
Oh! Linda e maravilhosa Oxum!
Afastai de mim todo o mal que no momento me aflige.
Eu te venero e te guardo, oh! Mãe Divina!
Que eu seja abençoado com a tua bondade e justiça.
Que em nome de Olorum muitas vezes aclamas por todos aqueles que te amam.
Peço-te que, neste momento de dor, derrames sobre mim, Oxum, o teu olhar misericordioso.
Que as tuas aguas acalmem a minha pobre alma e que neste momento eu receba a graça que tanto espero.
Que assim seja.