terça-feira, 11 de novembro de 2008


MÃE ÁFRICAQuando Olodunmare veio habitar a Terra enflorou-me a cerviz. Meus seios fartos e generosos alimentaram minha prole numerosa que cresceu livre e feliz. Meus filhos - guerreiros ousados minhas filhas - moças gentis como aves do deserto viviam em campo aberto - Abençoada raiz! Hoje, minha prole espalhada, a minha alma amortalhada, como andarilha, não pára, - Vagueia pelo Saara! Os gritos dos que partiram ainda ecoam em meus ouvidos como o rugir do trovão em noite de tempestade... - E ainda falam em humanidade! Sinto-me só, abandonada, sem passado e sem presente - Meu coração está doente! Não deixem perecer a fé que foi em mim plantada pelo Senhor Olodunmare.

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